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Revista científica revela como musculação melhora flexibilidade

Estudos endossam impacto direto do treino de força no aumento da amplitude de movimento

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 Maio 2024, 11h11 - Publicado em 20 Maio 2024, 20h00

Você sabia que, quando bem executada, a musculação ajuda a ter mais flexibilidade? Foi o que um grupo de acadêmicos da universidade canadense de St. John’s concluiu em 2023 após reunir 55 estudos sobre o tema: as valências de força e amplitude de movimento não apenas não concorrem entre si, mas potencializam-se umas às outras.

Publicado pela revista Sports Medicine, o trabalho apontou que tanto atletas experientes quanto pessoas sedentárias conseguem melhorar os níveis de flexibilidade após iniciarem um programa de musculação. “Quando falamos de pessoas menos ativas, os ganhos são ainda mais significativos”, afirmaram os especialistas.

Com essa conclusão, a antiga crença de que praticantes de musculação tendem a ficar com a “musculatura encurtada” caiu por terra, já que segundo os estudiosos do mundo fitness, isso é, na verdade, consequência da repetição de exercícios mal executados, sem a amplitude necessária.

De acordo com Bruno Silva, treinador da Smart Fit, as conclusões já apresentadas pela ciência sobre o tema norteiam há muito tempo os programas de treinamento de praticantes dos mais diferentes níveis, incluindo os profissionais do bodybuilding.

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“Uma boa flexibilidade propicia um movimento mais fluido e uma maior complacência dos tecidos musculares e articulares em movimentos de maior amplitude. Além disso, para os praticantes que almejam produção de força e potência, ela aumenta a força e a potência”, ele afirma, destacando o papel da flexibilidade na construção estética.

“Para indivíduos com dificuldade de hipertrofia de algum segmento, a flexibilidade pode melhorar a maleabilidade dos tecidos conjuntivos, que por sua vez ‘cederia’ espaço para o crescimento muscular”.

Alongar antes do treino não é treino de flexibilidade

No artigo publicado pela revista Sports Medicine, os especialistas da St. John’s indicaram que o impacto do treino de musculação no ganho de flexibilidade não depende da realização, ou não, do chamado alongamento pré-treino. Mais do que isso, o estudo indica que este dispensável quando o assunto é ganho de amplitude de movimento.

Na mesma linha, o treinador Bruno Silva afirma que estes trabalhos não podem ser considerados treinos de flexibilidade, caracterizados por exercícios mais intensos, voltados à produzir o estiramento das fibras musculares.

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Neste sentido, aliás, o profissional da Smart Fit recomenda que treinamentos voltados especificamente para o ganho de flexibilidade sejam realizados em momentos diferentes ao treino de força.

“No caso de realizá-los imediatamente antes da musculação, eles devem ser evitados por tenderem a diminuir momentaneamente a capacidade de produzir força. Sobre a realização logo após o treino de musculação, a recomendação é evitá-los pelo fato das comunicação nervosa das estruturas protetoras do músculo já terem sido submetidas a estresse, cenário que aumenta a possibilidade de lesão”, concluiu.

Quer aliar força e flexibilidade? Confira no vídeo abaixo a dica do treinador Bruno Silva:

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