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Veja outras funções fitness do rolo de liberação miofascial

Testamos: é possível usar o acessório para treinar força e até melhorar a drenagem linfática de pernas e abdômen durante a aula de ballet pilates.

Por Daniela Bernardi
Atualizado em 3 Maio 2024, 10h16 - Publicado em 16 mar 2018, 16h00

Quem treina pesado – principalmente as corredoras – conhece bem (ou deveria) o poder do rolinho de liberação miofascial, aquele acessório de espuma que você desliza e pressiona ao longo do corpo todo. Com ele, dá para fazer uma massagem rápida e profunda eliminando os pontos de tensão, o que libera a ação da musculatura e diminui aquela dor pós-treino. Ele também melhorar a circulação sanguínea e linfática, acelerando o processo de recuperação.Mas você sabia que o rolo de liberação miofascial também pode ter outras funções fitness?

O rolinho pode ser usado também antes do treino, como aquecimento, para melhorar a mobilidade articular. Além disso, o ballet pilates encontrou outras formas de usar o rolinho dentro da sala de aula. “Por causa do seu formato e da sua instabilidade, consegui introduzi-lo em exercícios intensos com o objetivo de acelerar o batimento cardíaco e trabalhar força”, diz a educadora física Audrea Lara, criadora do método. Confira, abaixo, três benefícios de inserir o acessório no seu treino e a melhor forma de fazer isso:

4 FUNÇÕES FITNESS DO ROLO DE LIBERAÇÃO MIOFASCIAL

1. Mais força e funcionalidade

Como o tamanho do rolinho é exatamente igual à distância dos nossos ombros, quando seguramos suas laterais fazemos os exercícios com a cintura escapular (parte de cima do tronco) bem encaixada. Você pode, por exemplo, trabalhar o tríceps, elevando e descendo os braços estendidos atrás do corpo. As repetições parecem inocentes, mas a musculatura dos membros superiores sai queimando (senti na pele e nos músculos!).

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Além disso, com a frequência da prática, você acaba reproduzindo a postura de bailarina também durante o dia, inclusive quando estiver sentada à frente do computador. “Um dos princípios do pilates é manter o core acionado e o corpo alinhado em todos os exercícios, o que exige uma estabilização dos paravertebrais [pequenos músculos nas costas]”, diz Audrea.

2. Mais consciência corporal

É claro que o acessório rola para frente e para trás quando você pisa nele, por isso, é preciso acionar a musculatura mais profunda das pernas para não perder o equilíbrio. “Quando fazemos os exercícios do balé sobre ele, conseguimos melhorar bastante nossa propriocepção, o que também traz benefícios para outras modalidades”, explica Audrea. Tornozelos e joelhos ficam mais bem preparados para responder a torções e mudanças de direção num esporte coletivo ou na dança, por exemplo.

E, uma vez que você forma uma espécie de garra com os pés, o espaço entre os ossinhos da região (os metatarsos – lembra a fratura do Neymar?) se expande, o que promove mais equilíbrio, inclusive durante a corrida. “Quem usa sapato fechado ou salto alto costuma perder a mobilidade do pé”, alerta Audrea. Essa parte da aula é bem desafiadora, mas com concentração e dedicação, aos poucos dá para pegar o jeito!

3. Mais drenagem

O óbvio: quando o rolinho passa sobre nossa fáscia (camada que envolve os músculos), acaba promovendo uma melhora do sistema linfático. “Na parte da frente do corpo, os movimentos devem ser de baixo para cima; na parte de trás, o contrário”, orienta Audrea.

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O diferencial é que os exercícios de balé, como os pliês e os relevés, também incentivam a ação dos gânglios. “A gente flexiona os joelhos sem empinar o quadril para trás, o que mantém a área dos psoas [pequeno músculo ao lado da virilha] bem aberta e com mais circulação para eliminar a retenção de líquido.” O mesmo acontece quando você flexiona o na meia ponta: há um aumento no bombeamento do retorno venoso.

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