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Você malha quando está com raiva? Isso pode ser ruim para o seu coração

Segundo uma nova pesquisa, treinar pesado quando você não está bem emocionalmente aumenta o risco de infarto

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 26 abr 2024, 13h32 - Publicado em 11 out 2016, 12h09

Um treino power pode parecer uma boa maneira de relaxar depois de uma briga com seu parceiro ou um dia estressante no trabalho. Mas, na verdade, a melhor saída pode ser esperar o calor do momento passar: um novo estudo publicado na revista Circulation sugere que a combinação de esforço físico intenso com um estado emocional negativo pode aumentar a probabilidade de infarto.

Os pesquisadores constataram que tanto a atividade física pesada quanto o stress foram associados, individualmente, a ataques cardíacos. No entanto, o problema se mostrou muito mais prevalente em pessoas que uniam esses dois fatores. E isso tanto em indivíduos propensos a sofrer um piripaque no coração quanto àqueles que não corriam esse risco.  

O estudo analisou dados de mais de 12 mil sobreviventes de infarto, todos na faixa dos 58 anos de idade e que viviam em 52 países. Depois que sofreram o ataque no órgão que bombeia sangue para o corpo, os participantes responderam a um questionário que perguntava se eles haviam feito esforço físico pesado e se estavam nervosos ou emocionalmente perturbados uma hora antes de os sintomas começarem. 

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Quando os pesquisadores compararam o dia a dia dos voluntários e as suas respostas, descobriram que a atividade intensa, sozinha, foi associada a um risco duas vezes maior de sofrer um ataque do coração. O mesmo aconteceu com o estado emocional dos participantes. 

Mas o perigo real ainda parece ser a combinação dos dois: intensificar no exercício físico enquanto está com raiva mais do que triplica o risco de infarto, em comparação com alguém que não se expõe a esses dois fatores. Nesses casos, os resultados foram os mesmos independentemente do índice de massa corporal, dos níveis de pressão arterial e outros problemas de saúde dos pacientes. 

Os autores do estudo reconhecem que a pesquisa só foi capaz de mostrar uma associação, não uma relação de causa e efeito – até porque as definições de treino pesado e das emoções são subjetivas, podendo variar de pessoa para pessoa. De qualquer forma, fica o alerta: se quiser ir para a academia depois de um dia daqueles, melhor pegar leve na malhação.

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