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Esta mulher emagreceu 40 Kg em 1 ano e meio com dieta sem glúten e lactose e exercícios funcionais

Ludmilla Martineli ainda não se acostumou a pedir para experimentar as menores peças das lojas em que entra – ela eliminou 40 quilos em um ano e meio. Aos 32, comemora em dobro: com a mudança no cardápio, também pôs fim aos sintomas do hipotireoidismo

Por Daniela Bernardi
Atualizado em 26 abr 2024, 13h41 - Publicado em 6 set 2016, 12h06

Quem me conhece agora até duvida que um dia eu tenha chegado aos 107 quilos. Eu também desconfiaria, afinal minha pele se adaptou bem às novas medidas (acho que o exercício físico foi fundamental para evitar a flacidez). É verdade que a mudança foi enorme, mas não pense que ela foi rápida: levei um ano e meio para eliminar 40 quilos e reduzir meu percentual de gordura de 47 para 19%.

Há muito tempo, me consultava com uma nutricionista e tentava frequentar a academia. Já ouviu falar de autossabotagem? Eu tinha na cabeça que a musculação era o momento mais entediante do dia e que não havia problema em sair do cardápio algumas (muitas) vezes. Durante a faculdade, aposentei os patins – disputei campeonatos intermunicipais por anos – e vi o ponteiro da balança subir.

Com o casamento, a situação ficou crítica. No supermercado, comprava o que bem entendia e cozinhava enormes refeições mesmo em um dia comum. Eu e meu marido sempre adoramos nos arriscar com as panelas, o problema era o que colocávamos dentro delas. Quando batia a preguiça, pedíamos pizza. Antes do nosso segundo aniversário juntos, já havia ganhado 10 quilos.

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O estalo para a mudança só aconteceu com o desejo de ter um filho. Para aumentar as chances de sucesso na inseminação, o médico orientou que eu emagrecesse e me indicou uma endocrinologista. Foi aí que eu descobri o motivo da minha sonolência: tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que causa hipotireoidismo. A melhora viria com os medicamentos, é claro, mas também com um corte radical no cardápio: nada mais de açúcar, glúten nem lactose, que, segundo a médica, podem ‘provocar’ meu organismo e incentivar o seu sistema de defesa, inclusive o que age sobre a tireoide.

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Percebi que precisava tomar uma atitude para o meu corpo melhorar. Comecei pela parte fácil: substituindo os produtos prontos pelas suas versões free, como macarrão sem glúten e iogurte sem lactose. Ainda bem que existem opções no mercado, mesmo em Sertãozinho, no interior de São Paulo, onde vivo. Só que sejamos sinceras: nada é bom o suficiente para ocupar o espaço de um pão francês recém-saído do forno, né? Por isso, fiz inúmeras promessas para conseguir seguir firme nas restrições. Meu paladar foi ficando mais flexível. Aprendi receitas para matar a vontade de massas, pães e doces. Para o meu aniversário, fiz um bolo de chocolate sem glúten com cobertura de biomassa de banana verde. Com o tempo, fui conhecendo meu corpo e o que me faz bem.

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Minha rotina de exercícios também mudou quando conheci o treinamento funcional. Me apaixonei pelo kettlebell, um acessório que trabalha pernas, braços e abdômen. Não morro mais de tédio. A cada mês, meu personal altera minha planilha com novos desafios. No início, malhava de domingo a domingo, mas agora restringi para quatro dias por semana (além da bike pela cidade como lazer).

Meu segredo para manter o shape e a empolgação é intensificar o ritmo dos treinos e aumentar o descanso entre eles. Até meu sono tem mais qualidade. Não passo mais por aquela tristeza de querer vestir uma roupa que está na moda e não encontrar meu tamanho. Fiz a maior festa quando comprei meu primeiro short 44. Jamais imaginei que um dia usaria um top cropped! Sei que nunca serei como a modelo Izabel Goulart, mas encontrei a melhor versão de mim – e estou muito feliz com ela.

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