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Estalar as costas faz mal? Fisioterapeuta esclarece

Ao estalar as costas, automaticamente é possível sentir uma sensação de relaxamento no corpo. Mas será que a prática pode fazer mal à coluna?

Por Juliany Rodrigues
23 abr 2024, 14h00

Estalar as costas é uma prática muito utilizada por pessoas que passam horas e horas trabalhando ou realizando outras atividades desgastantes, para obter aquela sensação de relaxamento e de redução das tensões. No entanto, será que ela pode ser prejudicial para a saúde da sua coluna? A seguir, a Raquel Silvério, fisioterapeuta e diretora clínica do Instituto Trata (unidade de Guarulhos), esclarece.

Estalar as costas faz mal?

Um dos mitos relacionados a estalar as costas é que isso pode levar ao desenvolvimento de artrite e outros problemas articulares.

Porém, a profissional explica que isso não é comprovado cientificamente e que, de maneira geral, não há problema em adotar o hábito, desde que você tome todos os cuidados necessários, sem exagerar na frequência e na força aplicada.

Segundo ela, as costas também podem ser estraladas durante a gravidez. “A grávida precisa estar ciente de que o desconforto que ela sente nas costas pode ser devido ao peso e à posição do bebê na barriga. Evite sempre torções ou movimentos que pressionam o abdômen”, orienta.

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Cuidados importantes

A fisioterapeuta afirma que não é comum acontecerem lesões ao estalar as costas. Entretanto, se você usar muita força ou pressão ou então fazer com bastante frequência, pode acabar favorecendo a ocorrência de alguns incômodos. “A longo prazo pode causar um desgaste nas articulações, causando tensão, inchaço e até mesmo uma pequena lesão”, alerta.

O estalo não deve ser realizado mais de uma vez por dia. “O ideal é você apostar em alongamentos e exercícios suaves que ajudam a melhorar a força, a flexibilidade e a postura, ao invés de ficar sempre estalando as costas”, recomenda.

Estalar as costas é contraindicado para quem está se recuperando de uma lesão ou sentindo dores e inchaços. Além disso, pessoas com osteoporose severa, câncer espinhal, alto risco de acidente vascular cerebral ou com uma anormalidade óssea da parte superior do pescoço também devem evitar a prática.

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“Marque uma consulta com um especialista se tiver sintomas graves, recorrentes ou de longa duração”, conclui Raquel.

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