Saúde no Trabalho, com Bianca Vilela

A fisiologista do exercício Bianca Vilela dá dicas de exercícios e abordagens para melhorar a saúde no trabalho
Continua após publicidade

A relação direta da dor lombar com o sedentarismo

A lombalgia é uma condição musculoesquelética prevalente que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Por Bianca Vilela
1 abr 2024, 08h00

A lombalgia, uma preocupação global de saúde pública, está associada a limitações na qualidade de vida, doenças prolongadas e aposentadoria precoce, afetando predominantemente mulheres entre 40 e 69 anos. Essa foi a constatação do estudo “Association between sedentary behavior and low back pain; A systematic review and meta-analysis”, publicado em 2021.

Esta condição musculoesquelética tem sido correlacionada com comportamentos sedentários, como atividades de lazer e trabalho de baixo gasto energético, como usar computador, assistir TV e jogar videogame, que também estão ligados a problemas de saúde metabólica e cardiovascular.

A lombalgia, ou dor lombar, é uma condição musculoesquelética prevalente que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo uma das principais causas de incapacidade e impactando significativamente a qualidade de vida.

O sedentarismo não se limita apenas à falta de atividade física, mas também inclui atividades como assistir televisão, usar computador e jogar videogame, que são características comuns do estilo de vida moderno.

A falta de movimento e a manutenção de uma posição sentada por longos períodos podem resultar em rigidez muscular e enfraquecimento dos músculos das costas e abdominais, que desempenham um papel crucial na estabilização da coluna vertebral.

Além disso, posturas inadequadas durante o tempo sentado, como a má postura ao usar o computador ou assistir TV, podem aumentar a pressão sobre os discos intervertebrais e as estruturas musculoesqueléticas da região lombar, contribuindo para a dor.

Continua após a publicidade

Embora a associação entre lombalgia e sedentarismo seja amplamente reconhecida, a natureza exata dessa relação ainda não está totalmente esclarecida.

Alguns estudos sugerem que o comportamento sedentário pode ser um fator de risco independente para o desenvolvimento de lombalgia, enquanto outros apontam para uma associação mais complexa, influenciada por fatores como idade, índice de massa corporal e nível de atividade física.

Além disso, o tipo específico de comportamento sedentário, como o tempo gasto sentado em frente a um computador versus assistir televisão, pode ter diferentes impactos na saúde da coluna vertebral.

Compreender a relação entre lombalgia e sedentarismo é crucial para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e tratamento. Intervenções que promovam a atividade física regular, bem como a conscientização sobre posturas adequadas e pausas frequentes durante o tempo sentado, podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento ou recorrência da lombalgia.

Além disso, é importante incentivar mudanças no estilo de vida que reduzam o tempo dedicado a comportamentos sedentários e promovam um ambiente de trabalho e lazer mais ativo e saudável.

Continua após a publicidade

_____________________________________________________________________

BIANCA VILELA é autora do livro Respire, palestrante, mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde em grandes empresas por todo o país há quase 20 anos. Na Boa Forma fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Não deixe de visitar o Instagram: @biancavilelaoficial.

Publicidade
Publicidade