A terapia com crianças também pode ser chamada de psicoterapia infantil. Normalmente, envolve técnicas adaptadas às necessidades das crianças, sendo que a mais conhecida delas é a ludoterapia, que utiliza o ato de brincar como uma maneira de comunicação com os pequenos, reconhecendo as emoções e as experiências de vida deles.
Outra terapia grandemente utilizada é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), que utiliza um arsenal de técnicas que ajudam a identificar os pensamentos das crianças e a adaptar os comportamentos disruptivos que elas podem ter.
Além de ser um momento em que a criança vai ser observada, ter um espaço de escuta e se sentir a vontade, a terapia ainda vai ajudar o mais novo a desenvolver certas habilidades, melhorando a regulação emocional, os relacionamentos com as outras pessoas, as interações sociais, a resolução de problemas, a ansiedade, o estresse e também a autoestima.
O trabalho que realizamos em consultório contribui para que a criança comece a se identificar e a fortalecer a percepção de si mesma, favorecendo a autoconfiança e o amor próprio.
É fundamental ter em mente que a família desempenha um papel significativo no desenvolvimento emocional e psicológico da criança.
Afinal, a família é a nossa base, ela é a responsável por oferecer segurança física e emocional, e as crianças aprendem muito pelos exemplos que recebem diariamente das pessoas ao redor.
Ter um ambiente equilibrado e enriquecedor é extremamente relevante, e os pais ou responsáveis devem ter uma comunicação aberta com os pequenos, ajudando-os a expressar os sentimentos de uma forma saudável e livre de julgamentos.
Com quantos anos pode começar a terapia?
A terapia infantil pode ser iniciada o quanto antes, desde que se observe a necessidade para isso. Geralmente, as crianças iniciam com 2 a 3 anos.
No entanto, existem casos específicos que exigem a terapia desde mais cedo. Portanto, depende bastante do diagnóstico da criança e das queixas da família.
Alguns sintomas podem sinalizar que a criança está precisando de ajuda terapêutica, por exemplo, mudanças repentinas de humor, irritabilidade, tristeza prolongada, agressividade, hiperatividade, dificuldades acadêmicas, distúrbios do sono, pesadelos frequentes, medos excessivos, ansiedade extrema e fobias.
O cenário infantil é muito amplo e as crianças podem apresentar vários sintomas que indiquem a necessidade de uma intervenção psicoterápica. Por isso, é preciso estar sempre atento.
Patrícia Binhardi, psicóloga.
