É bom deixar claro que os narcisistas não se enxergam como tal, e sempre acharão que o erro está nos outros, não neles: são “perfeitos”, não admitem erros ou falhas, não têm empatia pelas pessoas (não se interessam por como as pessoas se sentem com suas atitudes, apenas levam em consideração sua vontade própria); acham-se os donos da razão, querem que os outros façam tudo como eles acham que é o modo certo.
Manipulam as pessoas para que façam o que querem, chantageiam emocionalmente; invertem a situação quando alguém vem reclamando de algo que eles tenham feito, reagindo com agressividade e deixando a pessoa culpada por ter questionado algo a seu respeito, e ainda pedindo desculpas por fazê-lo.
Falam mal de familiares próximos para os outros sem constrangimento. Colocam os filhos pra baixo, sempre criticando, nunca reconhecendo as conquistas deles, mas atribuindo a si os louros de qualquer ganho dos filhos (afinal, “são meus filhos” e por isso se deram bem, e não por capacidade própria). Egocentrados e egoístas, pensam sempre em si em primeiro lugar e no que vão ganhar com qualquer situação. Interesseiros. Convencidos e superiores, tratam as pessoas como inferiores.
Imaturos emocionalmente e inseguros da própria identidade, precisam se mostrar autoritários e superiores para compensar essa fragilidade que não pode transparecer. Necessitam de elogios e reconhecimento o tempo todo.
Importante frisar que existem níveis de narcisismo, desde os mais leves até os graves, que beiram a psicopatia. Ah… e apenas conhece o narcisista quem convive com ele, os familiares mais próximos, porque para os outros o narcisista se mostra uma pessoa excelente, divertida, simpática, sedutora, super legal e inteligente, passando uma falsa imagem de sua real personalidade.
Marina Vasconcellos (Psicóloga, Psicodramatista e Terapeuta Familiar e de Casal pela PUC-SP). Instagram: @marina.vasconcellos45