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Pílula do dia seguinte: tire suas dúvidas

Esse método contraceptivo é cercado de polêmicas e inseguranças. Confira as respostas para algumas das perguntas mais feitas sobre o assunto

Por Monique dos Anjos (colaboradora)
Atualizado em 26 abr 2024, 10h20 - Publicado em 28 jul 2014, 22h00
Comprimidos e pílulas
 (Eugene_Axe/Thinkstock/Getty Images)
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Como a pílula deve ser tomada?
Existem dois tipos. Um deles vem em dose única e o outro são dois comprimidos (um ingerido logo após a relação e outro após 12 horas). Seja qual for o tipo, deve ser usado no máximo 72 horas após a relação sexual. Quanto mais tempo demorar, menor será a eficácia.

A pílula funciona como um abortivo?
Não. Ela age antes que a gravidez ocorra. Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo. Agora, se a fecundação já tiver ocorrido, irá provocar uma descamação do útero, impedindo a implantação do ovo fecundado. Caso o ovo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado a gravidez, a pílula não tem efeito algum.

Preciso de receita médica para comprar a pílula?
Sim, embora seja possível adquiri-la nas farmácias sem prescrição. No entanto, mesmo que você dispense a receita, procurar por orientação antes é indispensável. Só um ginecologista poderá dar certeza de que o medicamento é indicado para o seu caso.

Ela pode causar efeitos colaterais?
Sim. O mais frequente deles é a alteração no ciclo menstrual e do tempo de ovulação. Em outras palavras, vai ficar impossível calcular seu período fértil e o dia da sua menstruação será um verdadeiro enigma. Além disso, dor de cabeça, sensibilidade nos seios, náuseas e vômitos são sintomas comuns. No caso de vômito ou diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão, a dose deve ser repetida. Quem tem organismo sensível a medicamento e está tomando a pílula com indicação médica deve pedir a indicação de um remédio contra enjoos para tomar ao mesmo tempo.

Veja também: Você sabe tudo sobre pílula anticoncepcional?

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Existe contraindicação?
A pílula é contraindicada para quem sofre de alguma doença hematológica (do sangue), vascular, é hipertensa ou obesa mórbida. Isso porque a grande quantidade de hormônio pode provocar pequenos coágulos no sangue que obstruem os vasos.

Se eu tomar repetidas vezes, ela perde o efeito?
Ela não perde o efeito, mas o risco de você engravidar aumenta. Normalmente, ele já é de 15% se você tomar depois de 24 horas de transar, contra uma média de 0,1% da pílula anticoncepcional comum.

Posso trocar a camisinha pela pílula?
Nem pense nisso. A pílula deve ser tomada apenas quando o método contraceptivo escolhido falha. Além de apresentar efeitos colaterais muito mais severos que a pílula comum, e ser bem mais cara, o contraceptivo de emergência não a protege das doenças sexualmente transmissíveis. Contra elas, só mesmo a boa e conhecida camisinha.

A pílula do dia seguinte é também um método contraceptivo?
Não. Como o próprio nome diz, ela deve ser usada em casos excepcionais e não como um anticoncepcional de rotina, como muitas mulheres estão fazendo. A dose alta de hormônio do medicamento, cerca de 20% a mais do que o existente em uma drágea de anticoncepcional, aumenta o risco de efeitos colaterais.

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Mesmo tomando essa pílula é possível engravidar?
Sim. Como todo método, há risco de falha. Como já foi dito, quanto mais cedo a pílula for tomada, maior a sua eficácia.

O uso pode afetar o aparelho reprodutor?
Pode. A curto prazo causa uma verdadeira revolução na produção hormonal da mulher. A longo prazo, depende da quantidade de vezes que a pílula do dia seguinte foi usada. Quanto mais frequente, maiores os riscos. Caso ocorra a gestação ectópica, a mulher poderá perder uma trompa e isso dificultará uma futura gestação.

Ao utilizá-la, estarei protegida até a chegada da menstruação?
Não. Terá se protegido somente da relação que aconteceu antes de ter tomado a pílula.

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