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Depressão aumenta 18,4% no mundo – e é mais comum entre mulheres

Segundo a OMS, a depressão é hoje a principal causa de invalidez no mundo. A organização criou uma campanha para lidar com o tema

Por Mariana Amaro
3 abr 2017, 18h05
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 (KatarzynaBialasiewicz/Thinkstock/Getty Images)
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Mais de 322 milhões de pessoas são afetadas pela depressão em todo o mundo. No Brasil, a doença atinge 5,8% da população – o maior índice na América Latina e mais do que a média mundial, de 4,4%. E as mulheres sofrem mais com a doença: o índice de incidência entre elas é 150% maior que entre homens.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, mulheres jovens, grávidas ou em período pós-parto e idosas são particularmente suscetíveis a desenvolver a doença mental, caracterizada por uma tristeza persistente, perda de interesse e falta de capacidade para atividades cotidianas e o trabalho.

Além da dor debilitante causada pela depressão, a doença ainda aumenta o risco de desenvolver vícios, comportamentos suicidas, diabetes e doenças cardíacas. Para lidar com o problema, a OMS começou a campanha “Depressão: Vamos conversar” neste ano.

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“Para alguém que vive com depressão, conversar com alguém em quem se confia pode ser, muitas vezes, o primeiro passo rumo ao tratamento”, disse Shekhar Saxena, diretor do departamento de saúde mental da OMS.

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Desde 2005, os índices de depressão aumentaram mais de 18,4%, mas a falta de apoio à saúde mental, combinada com o medo da estigmatização faz com que muitas pessoas não procurem o tratamento necessário.

Uma compreensão melhor da depressão e de como ela pode ser tratada, é apenas o começo. “O que precisa vir a seguir é um reforço contínuo nos serviços de saúde mental acessíveis a todos, até às populações mais remotas”, disse Saxena.

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A OMS também alertou que, apesar da existência de tratamentos efetivos para a doença, menos da metade das pessoas afetadas pela condição no mundo – e, em alguns países, menos de 10% dos casos – recebe ajuda médica. As barreiras incluem falta de recursos e de profissionais capacitados, além do estigma social associado a transtornos mentais e de falhas no diagnóstico.

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Em média, apenas 3% do orçamento de saúde dos governos são gastos em saúde mental – e esse percentual pode chegar a 1% em países subdesenvolvidos. Muito pouco investimento para lidar com uma doença se reflete em perdas de 1 trilhão de dólares por ano, por causa da queda de produtividade, resultado da apatia e falta de energia de quem sofre com a doença.

 

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