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Atleta que venceu câncer de mama conta como foi voltar a competir

Confira o depoimento em primeira pessoa de Raquel Viel, atleta paralímpica de natação

Por Marina Oliveira (Colaboradora)
Atualizado em 17 fev 2020, 15h03 - Publicado em 16 out 2017, 16h32
Atleta paralímpica de natação raquel viel
 (@raquelviel/Reprodução Instagram)
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Em comemoração ao mês de conscientização do câncer de mama, convidamos seis leitoras para contar suas histórias de superação. A primeira delas é a atleta paralímpica de natação Raquel Viel, de 34 anos, que tem apenas 10% da visão e já foi campeã e recordista Panamericana (100 metros nado costas), das Américas (50 metros nado peito) e brasileira (100 metros peito). Confira o depoimento em primeita pessoa da nadadora:

“Um ano antes dos Jogos Paralímpicos do Rio, veio o alerta. Mas o médico disse que meu tumor tinha características benignas e que eu poderia competir. Não desperdicei a oportunidade: nadei 100 metros costas, conquistei o quarto lugar e o melhor tempo da minha carreira. Nem deu muito para comemorar. Após o evento, descobrimos que o nódulo era mesmo um câncer. Perdi minha mãe para um linfoma quando era adolescente e a imagem dela sofrendo com a quimioterapia não saía da minha cabeça. Como pensar em esporte de alta performance se eu estava era com medo de morrer?

Leia mais: 10 dúvidas sobre os exames que detectam o câncer de mama

Por achar que seria impossível seguir como atleta profissional, continuei com a natação apenas para ter um motivo para levantar da cama e não tomar antidepressivos. No início, fazia um ciclo de quatro sessões de químio a cada 21 dias. Depois, o tratamento se intensificou. Apesar de cansada e com bem menos capacidade aeróbica, eu não deixava de nadar – sem exercícios, perdia ainda mais a disposição. Reduzi o volume dos treinos de oito para seis vezes por semana e, como eles ficaram mais curtos, aumentei a intensidade – tudo claro, com aprovação do médico.

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Em 4 de fevereiro o mundo todo se une para celebrar o Dia Mundial do Câncer e combater os impactos globais da doença. A data foi criada pela UICC (União Internacional de Controle do Câncer), com o objetivo de evitar milhões de mortes desnecessárias por câncer todos os anos. 4 de fevereiro é o Dia Mundial do Câncer. Fui desafiado a publicar uma foto praticando um esporte ou exercício para lembrar dessa importante causa. Eu desafio (amigo) e (amigo) a postar uma foto praticando a atividade física que mais gosta. Nós podemos combater o câncer. Eu posso fazer uma escolha saudável. #DiaMundialdoCancer #WoldCancerDay #DesafioGrupoRosaeAmor #crossfitvinhedo #nutricore #proatleta #vinhedo #taquaralsportcenter #alfatrend #fazendadatoca #usinasantaisabel #fluidra #adi

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Para minha surpresa, eu estava dando conta e, já que ia bem, decidi voltar a competir. Em abril deste ano, ainda durante o tratamento, me classifiquei para o Mundial Paralímpico de Natação, no México, este mês. Foi como ganhar um ouro! Desde que atingi o tempo, tive que retirar parte da mama, interromper os treinos e voltar lentamente, pois o nado de costas exige o giro completo dos braços. Hoje, já acompanho as outras atletas que competem comigo. Quando olho para trás, não sei como consegui lidar com tudo isso. Uma coisa é certa: o apoio da minha família, do meu treinador e da equipe médica foi fundamental. Ainda que eu não repita a minha marca do Rio, estarei feliz por ter a oportunidade novamente de tentar batê-la.”

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22 de setembro Dia do atleta Paralimpico É um orgulho representar o Brasil em 2 Paralimpiadas Londres 2012 Rio 2016

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