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7 dúvidas esclarecidas sobre quiropraxia

O caso da modelo que morreu após fazer uma sessão de quiropraxia chocou o mundo. Mas, afinal, como funciona essa técnica? É o que respondemos a seguir

Por Marina Oliveira
Atualizado em 1 nov 2016, 11h32 - Publicado em 31 out 2016, 14h59

A morte da modelo da Playboy Katie May, que teria rompido uma artéria no pescoço após uma sessão de quiropraxia, levantou dúvidas sobre o procedimento terapêutico que diagnostica, trata e previne desordens do sistema neuroesquelético. A quiropraxia começou a ser praticada em 1895, nos Estados Unidos, mas ainda é uma área pouco conhecida no Brasil. A seguir, o presidente da Associação Brasileira de Quiropraxia, Roberto Bleier Filho, fala sobre a profissão.

1. Quiropraxia é massagem?

Não. Embora utilize as mãos para fazer “ajustes” no paciente, a quiropraxia é completamente diferente de uma sessão de massagem relaxante. “Nunca uma paciente minha dormiu em uma sessão”, afirma Bleier Filho. Enquanto a massagem visa o relaxamento muscular, a quiropraxia corrigirá o desalinhamento da coluna e das articulações. Nem sempre as sessões são doloridas, mas você pode sair do consultório com aquela sensação de que fez um treino pesado na academia.

2. Para quais problemas a quiropraxia é indicada?

Os mais comuns são dor lombar, dor cervical, hérnia de disco, dor no nervo ciático, dor de cabeça, tendinite, contusão, torcicolo e incômodos articulares. Pessoas sem essas queixas também podem fazer a quiropraxia para manter a coluna em ordem, especialmente se já têm problemas de postura, passam o dia todo em frente ao computador ou vivem em constante tensão.

3. Quanto tempo dura uma sessão de quiropraxia?

A primeira é a mais demorada, dura cerca de uma hora. “É quando o profissional avalia a história clínica do paciente, faz testes ortopédicos, neurológicos, avalia a postura e apalpa a coluna para traçar um plano de cuidado”, conta Bleier Filho. As sessões seguintes não levam mais do que 15 a 20 minutos.

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4.  Quanto tempo dura o tratamento?

O diagnóstico é individual, pode ser que você precise de apenas cinco sessões ou de 20. A frequência também varia com a gravidade do problema. Pessoas com muita dor podem fazer sessões diárias até o problema aliviar e, depois, diminuir a frequência. Quando a desordem está controlada, é recomendado manter sessões mensais. “É como uma atividade física, você tem que fazer sempre para conservar a saúde”, aconselha o quiropraxista.

5. Quem não pode fazer quiropraxia?

Cabe ao profissional avaliar cada pessoa. No entanto, pacientes com câncer, osteoporose, artéria calcificada ou com histórico de cirurgia na coluna normalmente não podem ser manipulados por quiropraxistas.

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6. Como encontrar um bom quiropraxista?

A quiropraxia é uma profissão e não uma especialização. O profissional precisa ter feito graduação para poder atuar na área. No Brasil, apenas a Universidade Anhembi-Morumbi, em São Paulo, e a Universidade Feevale, em Novo Hamburgo (RS), oferecem o curso. Essas instituições também são conveniadas com instituições dos Estados Unidos. No site da Associação Brasileira de Quiropraxia você pode acessar a lista de profissionais associados e buscar por município um que esteja perto de você.

7. Como não se enganar?

Se você não encontrou o nome do profissional no site da ABQ, pergunte na consulta onde ele se formou. Desconfie se ele não fizer uma minuciosa avaliação antes de iniciar o procedimento. “Caso o profissional tenha duas titulações, como fisioterapeuta ou educador físico, além de quiropraxista, pergunte onde ele concluiu a faculdade de quiropraxia”, orienta Bleier Filho.

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