8 influencers que estão tornando o universo fitness mais inclusivo
Esses influencers incentivam todos a se cuidarem e a se sentirem bem consigo mesmos, sem se preocuparem com padrões estéticos
Quando falamos em ser fitness, o que vem à mente da maioria das pessoas são aqueles corpos sarados que vemos na internet, além das dietas mirabolantes para a perda de peso.
Porém, o que muitas não sabem é que, na verdade, esse conceito tem muito mais a ver com saúde e qualidade de vida do que com questões estéticas. Afinal, se movimentar contribui para o bem-estar físico e mental, e ainda ajuda na socialização e na criação de novas amizades.
Devido ao fato de a cultura fitness valorizar excessivamente a magreza e os músculos definidos, os indivíduos que não se encaixam nesses estereótipos acabam se sentindo intimidados e, como consequência, deixam de lado a prática de atividades físicas e os benefícios que ela pode trazer.
Juntamente com o preconceito, o ambiente das academias, a ausência de equipamentos apropriados, a falta de acessibilidade e a dificuldade de encontrar roupas que fiquem realmente confortáveis em seus corpos são fatores que os desencorajam a se exercitarem.
Com o propósito de transformar essa realidade e de garantir a representatividade no mundo fitness, existem influencers com aparências “fora do padrão” que, nas redes sociais, defendem que é possível ser feliz, saudável e praticar qualquer modalidade, independente de biotipo ou condição física.
Sendo assim, propõem uma nova perspectiva a respeito da atividade física, destacando que ela deve ser acessível para todos e que a saúde deve ser a principal meta, em vez da busca por um ideal de beleza específico.
A seguir, você confere 7 influencers fitness “fora do padrão” que podem servir de inspiração para muita gente:
VANESSA JODA (@vanjoda)
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Fundadora do Yoga para Todes, uma escola de yoga que busca a democratização e a valorização dos corpos por meio da hatha yoga, Vanessa Joda resolveu desenvolver o projeto após passar por um período conturbado em sua profissão na área de comércio exterior.
“Eu penso muito em uma yoga democrática, porque, infelizmente, até hoje é elitista demais. Então, eu tenho essa vontade de torná-la mais acessível”, disse, em entrevista à Boa Forma. Ainda na conversa, ela também relatou que a prática fez com que ela voltasse a “habitar o próprio corpo”, o que contribuiu para a sua autoestima.
As aulas da Yoga para Todes acontecem de terça e quinta-feira, às 10h30 e às 20h, na Casa do Povo, espaço localizado no bairro do Bom Retiro, no centro da cidade de São Paulo.
VITOR DOURADO (@douradolife)
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Aos 16 anos, Vitor Dourado teve que amputar as duas pernas após sofrer um acidente de carro. Hoje, aos 27, ele é o fundador da Protetics, empresa especialista em próteses ortopédicas, além de contar com mais de 100 mil seguidores no Instagram. Nas redes sociais, ele publica conteúdos nos quais aparece praticando algumas modalidades, especialmente musculação e luta, mostrando como o esporte e a atividade física são importantes em sua vida.
LESLIE CRUZ (leslie.maricel)
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Com mais de 100 mil seguidores no Instagram e mais de 60 mil no Tik Tok, Leslie Cruz, de 25 anos, produz conteúdos relacionados à atividade física, além de reflexões para incentivar pessoas gordas a se amarem e se aceitarem.
“Finalmente, estou aprendendo a estar em paz com o corpo que tenho. A única coisa que espero que todos possam levar do meu perfil é o aprendizado de amar a si mesmo por quem você é e, além disso, amar como você se parece”, diz ela, na legenda de um dos seus vídeos, no qual aparece fazendo exercícios de musculação em uma academia.
AMANDA MOMENTE (@amomente)
Amanda Momente é CEO e co-fundadora da Wonder Size, uma marca de roupas casuais e fitness que veste da numeração 42 ao 70. A ideia de criar a sua própria linha de peças fitness plus size surgiu após o nascimento do seu filho, no ano de 2017.
“Após a gravidez, eu tentei fazer atividade física, mas eu não encontrava roupas que ajudavam na minha performance, o que me fez perceber que vestir peças que não contribuíam em nada para o meu desempenho limitava muito a minha relação com o esporte”, disse em conversa com a Boa Forma.
Ainda de acordo com Amanda, os exercícios físicos são fundamentais para a construção da autoestima e da autoconfiança, visto que contribuem para o desenvolvimento da consciência corporal.
“Minha intenção é mostrar que todo mundo pode praticar qualquer coisa com liberdade, independente do corpo. Eu quero incentivar as mulheres a buscarem uma atividade física prazerosa e divertida para fazerem, levando o movimento como um estilo de vida“.
WESLEY HAMILTON (@iamweshamilton)
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Em 2012, Wesley Hamilton foi baleado diversas vezes, o que provocou uma lesão em sua medula espinhal e o deixou paralisado da cintura para baixo. Após o ocorrido, ele passou a ter novos hábitos de condicionamento físico e resolveu criar a ONG Disabled But Not Really, que visa capacitar indivíduos com deficiência a partir da promoção do bem-estar físico, emocional e mental.
NATI MOTA (@saudegg)
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Formada em educação física, Natália Mota criou o projeto Saúde GG com a intenção de “ajudar todo mundo a ter uma melhor relação com os exercícios”.
No Instagram, ela conta que quer mostrar um corpo gordo se movimentando, assim como deseja combater a ideia de que a atividade física é uma forma de punição.
“Quero mostrar para todo mundo que uma profissional gorda é capaz e trabalha super bem como outras profissionais”, relata ela, que ministra treinos online.
DREA COSTA (@dreacosta)
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Apaixonada por dança desde a infância, Andrea Costa, de 36 anos, já se aventurou em diferentes atividades físicas, como luta, musculação e caminhada, mas apenas uma fez o seu coração bater mais forte: o pole dance.
“Eu já tentei praticar algumas modalidades mais tradicionais, mas não me identifiquei. E uma das coisas que eu mais gosto no pole é que é uma atividade democrática e muito acolhedora, principalmente para pessoas com corpos ‘fora do padrão'”, afirma.
A paixão pelo pole começou em 2015, após ter uma péssima experiência com aulas de boxe em uma academia.
“Tentei fazer luta e foi horrível. Eu lembro que o professor falava que era para a gente fazer flexão e pular corda, e eu não sei pular corda até hoje e também não conseguia fazer flexão. Eu me sentia super mal. Não teve nenhum tipo de tentativa de adaptar os exercícios para que eu conseguisse fazer. Eu lembro de ter saído da aula chorando e não voltei mais”.
Hoje, ela compartilha com os seus mais de 20 mil seguidores no Instagram conteúdos nos quais aparece praticando pole dance e promovendo a autoaceitação, a fim de desmistificar a visão de que as pessoas gordas são incapazes, doentes e infelizes.
“Os corpos gordos têm direito e são dignos de serem amados, respeitados e admirados do jeito que eles são”, destaca.
“Teve uma época que eu achava que eu só conseguiria ser feliz se eu emagrecesse. Eu praticamente não vivia enquanto isso não acontecesse. Eu vejo muitas pessoas com essa mesma mentalidade, e isso é muito triste, porque a gente não se permite ser feliz só por conta de ser gordo. Ser gordo não te impede de nada. Cada um sabe o que é melhor pra si. Se a pessoa quer emagrecer, tudo bem. Mas, pelo menos, não se impeça de viver e de ser feliz nesse processo. Não coloque isso como seu único e principal objetivo de vida”.
Por fim, Drea revela que a @rozthediva é uma das suas principais inspirações no pole dance, assim como o coletivo Pole Gordas, do qual se orgulha de fazer parte.
“A Roz The Diva é uma pole dancer americana, gorda e negra. Ela é maravilhosa, é minha primeira referência, eu a acompanho desde antes de eu começar no pole. Também preciso citar as mulheres do coletivo Pole Gordas, porque cada uma delas me inspira demais”, conclui.
ELLEN VALIAS (@atleta_de_peso)
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Em seu perfil, a atleta amadora Ellen Valias, que também é estudante de educação física, incentiva todas as pessoas a praticarem esporte, especialmente as gordas. Seus conteúdos reforçam a ideia de que a prioridade na hora de se movimentar não deve ser o emagrecimento, e sim o bem-estar e a saúde psicológica.
Ellen também é fundadora do @rachaobasquetefeminino, uma iniciativa que reúne mulheres que desejam jogar basquete de um jeito leve, divertido e alto astral, ou seja, sem aquela pressão de ter que acertar todos os arremessos.