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Afinal, é seguro praticar a hot yoga no calor?

Com a época mais quente do ano chegando, muita gente fica com receio de ir para as aulas

Por Amanda Panteri
Atualizado em 19 nov 2019, 15h54 - Publicado em 6 nov 2019, 23h47
Mulheres fazendo ioga
 (rilueda/Thinkstock/Getty Images)
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A queridinha da atualidade, a hot yoga, vem fazendo cada vez mais sucesso. Mas não é novidade não, viu? Criada nos anos 70 por um indiano chamado Bikram Choudhury (por isso foi chamada inicialmente de brikram yoga), ela era composta por uma série de 26 posturas e dois exercícios de respiração (repetidos duas vezes durante uma aula) feita em uma sala aquecida. 

Depois de uns anos, novas aulas, inspiradas em outras vertentes, foram sendo desenvolvidas. E criou-se o que hoje a gente conhece como a hot yoga, que pode incluir muitos estilos. Mas não vá confundir: ela não tem nada a ver com a sauna. É apenas um ambiente aquecido a temperaturas que variam de 38 a 40ºC e com uma umidade média de 40%. “No Brasil, por exemplo, a umidade costuma ser maior, e por isso temos que baixar a temperatura para a sensação térmica não ultrapassar os 40 graus”, explica Andrea Wellbaum, professora e co-fundadora do Hot Yoga São Paulo, estúdio pioneiro da modalidade na cidade. 

Só de pensar em todo esse calor, você já começa a suar, não é mesmo? Ainda mais se levarmos em conta que a época mais quente do ano está chegando aí. Então será que é seguro mesmo apostar na prática agora? 

Posso praticar a hot yoga no calor? 

De acordo com a conversa que tivemos com Andrea, a resposta é simples: se você já pratica a hot yoga, não tem o que temer. Afinal, mesmo que o clima lá fora esteja mais alto, a sala terá a mesma temperatura com a qual você está acostumada. Ou seja, se você nunca passou mal durante o frio, provavelmente não vai agora. 

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Quem ainda quer começar precisa passar por uma fase de aclimatação, que geralmente dura 10 sessões. O corpo vai sentir a diferença de se exercitar em um ambiente diferente, e você pode até pensar que não vai conseguir se adaptar. Mas, depois desse período, as coisas ficarão mais fáceis. E vale a regra: sempre procure locais confiáveis com profissionais capacitados. “Nas aulas, o sistema cardiorrespiratório fica bastante estimulado. E é responsabilidade do professor tomar o cuidado de não colocar ninguém em risco. Além disso, existem séries já testadas e aprovadas que não deixam o coração em aceleração contínua, mas oferecem momentos de descanso”, diz Andrea. 

Outra dica que ela dá é ficar atenta com a hidratação, quando realmente entrarmos no verão. “Por conta do calor externo, muita gente entra na sala com o corpo mais quente e desidratado. Portanto, vale reforçar o consumo de água e o repouso.” 

E quais os benefícios da hot yoga? 

São inúmeros! Andrea Wellbaum elenca alguns: 

  • “Muita gente acha que a hot yoga é só para os fortes, mas o calor torna a prática mais acessível para todo mundo. Ele relaxa os músculos e ajuda na flexibilidade do corpo, o que permite realizar as posturas de uma forma mais segura e fácil”; 
  • “Pessoas com lesões, problemas crônicos nas articulações e dores nas costas serão grandes beneficiadas. Isso porque a alta temperatura relaxa o corpo, músculos e tecidos, nos dando mais mobilidade para movimentar áreas afetadas por tensões. Além de irrigar diversas regiões do corpo e auxiliar na recuperação”; 
  • “Há também uma maior queima de gordura. Estudos comprovam que praticar atividades físicas no calor aumenta a dilatação dos vasos sanguíneos, fazendo com que a gordura seja expulsa do corpo com eficácia”; 
  • “Pode aliviar sintomas de asma e bronquite”; 
  • “Os benefícios da yoga tradicional são potencializados. Isso inclui tonificação muscular, alinhamento do sistema esquelético e melhora da postura”. 
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