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6 dúvidas sobre fita kinésio respondidas por especialistas

Entenda como as bandagens terapêuticas funcionam e como usá-las

Por Giulia Granchi, Gislene Pereira
Atualizado em 17 fev 2020, 15h14 - Publicado em 4 jul 2017, 19h35

Talvez você não lembre delas pelo nome, mas certamente viu as fitas kinésio por aí — vários atletas andaram com adesivos coloridos durante a Olímpiada do Rio. Inventada pelo quiropraxista dr. Kenzo Kase em 1970, no Japão, elas são utilizadas para auxiliar no tratamento de lesões traumáticas de nervos e músculos.

“Este tipo de bandagem elástica vem sendo usada amplamente por fisioterapeutas para o alívio da dor e a melhora dos movimentos dos seus pacientes. Clínica e empiricamente, tem sido reportado ótimo resultado com seu uso”, afirma o fisioterapeuta Mateus Martinez, da empresa Pés Sem Dor, de Campinas (SP). No entanto, o especialista comenta que pesquisa recentes vêm mostrado que a kinésio não é capaz de tratar condições ortopédicas mais graves e que atuaria mais como placebo, como visto no estudo publicado no Journal of physiotherapy, em 2014. A seguir, esclarecemos as principais dúvidas sobre o acessório:

1. Como a fita kinésio funciona?

As fitas são aplicadas em músculos ou articulações a fim de inibir a dor, limitar ou facilitar algum movimento. Por ser elástica, ela promove tração constante na pele com força para cima (diferentemente de uma bandagem comum). “Qualquer estímulo sobre a pele — sendo com fitas ou bandagens, massagens… — chega ao cérebro como informação de que algo está acontecendo ali. Com a fita, esse estímulo local é constante e a pressão gerada por ela, muitas vezes, sobrepõe a sensação da dor”, explica Martinez

Além disso, Ted Forcum, especialista em recuperação, medicina esportiva e fisioterapia, e vice-presidente de Desenvolvimento Clínico da marca KT Tape, explica que as fitas não liberam qualquer tipo de remédio, uma das grandes diferenças entre elas e os emplastos “Por isso não precisamos nos preocupar com testes de doping ou dosagens (cada pessoa precisaria de quantidade diferente)”, diz.

2. Para quem ela é indicada?

Apesar de ser mais popular no meio esportivo, a fita não serve apenas para praticantes de atividades físicas. “Talvez as pessoas fisicamente ativas consigam tirar mais benefícios da fita – já que o corpo delas passa por maior stress —, mas é útil para qualquer um. A KT Tape, por exemplo, tem versões para idosos, crianças, pessoas com pele sensível… Além de, é claro, as versões para atletas de alta performance.”

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As contraindicações incluem não colocar sob ferida aberta, trombose, zona cancerosa ativa ou área com alguma infecção.

Veja também: Muita dor depois do treino? 3 técnicas que vão salvar você

3. Por quanto tempo posso ficar com a fita na pele?

Dependendo do modelo e da marca, ela pode durar até 7 dias na pele sem precisar ser trocada — a de bordas arredondadas tende a ficar mais tempo, pois demora mais para desgrudar. É possível tomar banho e praticar esportes aquáticos sem preocupações.

4. É melhor usá-la antes ou depois do exercício?

Segundo o Ted Forcum, aplicar a fita antes de praticar atividades físicas possibilitaria extrair mais benefícios dela. “É quando seu corpo passa pelos maiores níveis de stress”, comenta. O ideal é colocá-la pelo menos 30 minutos antes, “mas é comum aplicarmos em atletas no meio das competições dependendo da necessidade.”

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5. Posso aplicá-la em mim mesma?

Sim. O processo é fácil e intuitivo. Ela não precisa estar no local exato da dor para funcionar, basta estar próxima. “A diferença de ter a aplicação feita por um profissional é que ele conhece a anatomia humana e vai saber com quais outros músculos você pode compensar a dor e, assim, cobrir todas as áreas necessáriss”, explica Forcum.

6. A fita pode ser cortada?

Elas existem em vários tamanhos diferentes, mas não é um problema cortá-las para atingir locais pequenos, como dedos.

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