Vida real: “A musculação me ajudou a lutar contra 3 cânceres”
Diagnosticada com câncer de mama, metástase nos ossos e fígado aos 30 anos, Fabricia Campi lutou pela vida e o exercício teve participação na sua vitória!
Quando peguei meu exame, pensei que estivesse lendo um obituário. O câncer de mama estava tão avançado que os médicos só me deram seis meses de vida. Fiquei em choque, muda, reclusa em casa por um mês. As pessoas iam me visitar e eu não conseguia conversar. Um pequeno nódulo que a minha ginecologista tinha definido como glândulas mamárias era, na verdade, um tumor mega-agressivo.
Comecei a quimioterapia o mais rápido possível e, com ela, perdi meu cabelo. Imagine só: eu, que sempre participei de concursos de beleza (até ganhei o Miss Londrina), ia ficar careca e sem cílios nem sobrancelhas. Um pesadelo para alguém tão vaidosa! Quando caiu o primeiro tufo, comecei a gritar na rua – achei que ia perder tudo lá mesmo. Mas, com o tempo, até minha peruca rendeu boas risadas, como quando subi no teto solar do carro do meu namorado para comemorar um título do Corinthians e acabei ficando sem aplique no meio da multidão. Demos gargalhadas por semanas.
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Com o Gabriel, que é meu marido agora, é assim: sempre alto-astral. Um dia, ele disse para mim: ‘Se você não quer lutar por você, lute por quem te ama’. Deu um clique na minha cabeça e, com o incentivo dele, voltei a frequentar a academia. Mesmo com os efeitos colaterais do tratamento (vômito, dor no corpo, cansaço), continuei treinando todos os dias.
É claro que não colocava intensidade, mas, só de estar em um ambiente com pessoas saudáveis, já me sentia melhor. Ao fazer exercício, eu me percebia mais capaz, mais forte, mais viva. O desafio de levantar peso mostrava como eu era poderosa. E fui levando a musculação numa boa até o dia em que me enxerguei no espelho e notei que estava muito inchada (consequência do corticoide) e com 15 quilos a mais.
Após dois anos de tratamento, foquei no projeto de emagrecer e ganhar massa magra. Contratei um personal trainer, com quem malho três vezes por semana, e decidi me consultar com uma nutricionista. Meu corpo mudou totalmente!
Não foi fácil. Enquanto na época em que participava de concursos de beleza eu era magricela e devorava tudo, agora precisava de cinco vezes mais foco para ver resultados. Por causa do câncer no osso, tomo bloqueadores hormonais que fazem com que meu organismo entenda que já passei pela menopausa – o médico disse que meu abdômen acumularia mais gordura e meu quadril alargaria. Para evitar isso, pego pesado na musculação todos os dias e me alimento direitinho a cada três horas (vem dando certo – tenho 11% de gordura corporal!).
Top, Adidas, R$ 100; short, Capezio, R$100; Tênis, New Balance, R$ 480
Peso: 59 kg; altura: 1,73 m; conquista: perdeu 9 kg depois de se curar de um câncer de mama.
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No meu cardápio, tem chá de hibisco, arroz, feijão, pasta de amendoim, legumes, salada e muito mingau de aveia com whey protein. Também uso suplementação, como a glutamina, que ajuda a dar uma força para a imunidade. É difícil se acostumar no começo, mas, depois de um tempo, você se adapta. Já existem tantas opções por aí que dá para trocar quase tudo por versões saudáveis e saborosas: uma coxinha de mandioca, um brigadeiro proteico… O que não pode é se conformar com uma realidade desiludida, né?
Hoje, sou muito feliz com a imagem que vejo no espelho e, principalmente, com a vida que tenho: um marido que amo, dois filhos de quatro patas e um sorriso que nunca sai do meu rosto.”
Chocolate quente proteico
Ingredientes
- 1 xíc. (chá) de leite de amêndoas
- 1 scoop de whey protein de chocolate
- 1 col. (sobremesa) de cacau em pó
- Canela em pó a gosto
- Adoçante (xilitol ou estévia) a gosto
Modo de fazer
Esquente o leite e, depois, bata-o no liquidificador junto com todos os outros ingredientes. Leve a mistura ao micro-ondas por 30 segundos para engrossar.
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