Fernando de Noronha: o destino é ótima pedida para as fit girls
Traçamos um roteiro #AtitudeBoaForma que vai despertar em você uma vontade gigante de ir para lá. E voltar sempre que der. Ou ficar de vez, quem sabe...
“Senhores passageiros, apertem os cintos, calcem seus chinelos e relaxem – vocês vão desembarcar no paraíso.” Esse deveria ser o aviso de todo voo para Fernando de Noronha, a uma hora de avião de Recife (PE). Ali, a natureza é quem manda: a fauna marinha e o verde são preservados por regras rígidas que garantem, por exemplo, que a Baía do Sancho tenha sido eleita três vezes a praia mais bonita do mundo pelos usuários do aplicativo de viagem TripAdvisor.
Mas não pense que o estilo de vida simples (você não vai encontrar resorts e baladas luxuosas) se restringe a sombra e água fresca. Grande parte da graça da ilha é combinar o cenário verde e azul com esportes, bem-estar, alimentação saudável (e saborosa) e experiências inesquecíveis. Reunimos alguns bons motivos para você transformar essa viagem-sonho em realidade.
Tem a praia mais bonita do mundo
Viradas para o Brasil e protegidas do vento, ficam as faixas de areia mais famosas e onde a água é mais tranquila. Nessa parte da ilha, um paredão rochoso guarda a maravilhosa Baía do Sancho. Deixe o bugue (alugar um carro com tração ajuda a se locomover na ilha) no estacionamento e cruze a passarela de madeira que leva ao mirante – onde dá para fazer uma selfie com o Morro Dois Irmãos, cartão-postal do arquipélago, ao fundo. Para cair na água, encare um pouquinho de esforço: uma fenda entre as pedras esconde uma escada íngreme que dá acesso à larga faixa de areia.
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Oferece uma variedade de esportes
Se você acordar com vontade de surfar, rume para a Cacimba do Padre, reduto de profissionais como Medina e Mineirinho. De lá, sai a trilha até a Baía dos Porcos com outro ângulo do Morro Dois Irmãos – você não vai enjoar dele. E, se o objetivo for mesmo manter o treino em dia, troque o bugue pela bike ou saia para correr por um trecho da Costa Esmeralda – o cenário incrível vence qualquer preguiça! Só fique ligada que algumas trilhas têm acesso livre, mas outras requerem autorização do Ibama e contratação de guia, ok?
É incrível para quem mergulha de cilindro. E também para quem só faz snorkel
Não é preciso grande afinidade com o oceano para ver peixes coloridos, arraias e até tartarugas – a água cristalina permite visualização de até 30 metros apenas com snorkel! E a fauna marinha já é estonteante em praias de fácil acesso, como a do Porto. Você ainda pode se jogar no mar de outras formas: seja remando no stand-up paddle, seja em um caiaque até ilhotas selvagens.
Adora de verdade água salgada? Então, experimente a atividade preferida dos turistas de Noronha, o aquasub: você segura em uma prancha puxada por um barco que parte do Porto, passa perto de naufrágios e, surpresa, tubarões – por R$ 120 com a Ilha de Noronha.
Dispõe de boas opções de hospedagem e alimentação
A Vila dos Remédios é o principal núcleo urbano da ilha. Ali estão o posto de saúde, pousadas domiciliares baratinhas, correio, farmácia e a única agência bancária (no aeroporto há caixas 24 horas). No outro lado da estrada, você encontra o empório e restaurante de comida saudável Bio, dentro do Espaço Erthal (uma espécie de galeria de bem-estar com fisioterapia e pilates).
Se a pedida for um refresco após a corrida, peça o creme de cupuaçu com açaí do Açaí Raízes, uma lanchonete com a cara da ilha. Já o agito se concentra na Vila do Trinta, na direção do Porto, e na Floresta Velha. É nesse vilarejo que está a badalada Pousada do Zé Maria, reduto de celebs (tem academia e um spa holístico). O valor da hospedagem é salgado (parte de R$ 1 668), mas vale ir para o jantar: o tradicional Festival Gastronômico, banquete com mais de 40 receitas (e muitos frutos do mar) custa R$ 148 e rola nas quartas e sextas-feiras.
O pôr do sol é coisa de cinema
Na Praia da Conceição, intercale uma partida de vôlei ou um treino de slackline durante a tarde, enquanto petisca macaxeira e camarão no barzinho Duda Rei. Espere por lá mesmo para curtir o pôr do sol ao som de Jack Johnson. Outros pontos para ver a luz se apagar no mar: o restaurante Mergulhão, no Porto, e o Bar do Meio, estrategicamente posicionado entre as praias da Conceição e do Meio, têm vistas de tirar o fôlego.
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Simplicidade é luxo
As medidas de preservação ambiental têm papel fundamental na beleza de Fernando de Noronha, ao mesmo tempo que encarecem o turismo local. No seu planejamento financeiro, contabilize a taxa diária de R$ 68,74 para permanecer no arquipélago, o ingresso de R$ 99 para o acesso ao Parque Nacional Marinho (onde estão as melhores praias) e um valor considerável para hospedagem – a restrição para a construção de novas pousadas supervaloriza as já existentes.
Comer também não é barato: o transporte de alimentos de Recife, que leva mais de 24 horas de navio, eleva o orçamento das férias – um sorvete, por exemplo, custa R$ 10, e uma melancia pode chegar a mais de R$ 50. Mas tudo isso se justifica pelas incríveis paisagens das 21 ilhas. Ah! Ao desembarcar, atrase seu relógio em uma hora. Ou guarde-o na mala e se esqueça do tempo! O paraíso tem horário próprio.
Quando ir
O mar é límpido entre setembro e outubro, a melhor época para o mergulho. As ondas favorecem o surfe de dezembro a fevereiro. De março a junho, os preços são melhores: chove mais (o que não atrapalha necessariamente os passeios, já que as pancadas de água acontecem geralmente ao fim do dia).
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Onde ficar
- Bem no centro da Vila dos Remédios, está a Pousada Simpatia da Ilha – com diárias desde R$ 398, ela dispõe de redes com vista para a vegetação.
- Já a Verdes Mares (diárias desde R$ 598) tem o aconchego de casa litorânea e prepara uma tapioca delícia de manhã.
- A dez minutos a pé da Praia do Cachorro, está a Pousada da Villa (diárias desde R$ 598), que oferece chá à tarde.
- Facilidade: da Pousada Beijupirá (diárias desde R$ 1 090), há uma trilha que cai direto na Praia da Conceição.
Onde comer e beber
- Na Vila dos Remédios, o Cacimba Bistrô serve saborosos pratos – dica: os camarões ao coco e gengibre, acompanhados de arroz de curry e purê de jerimum (R$ 84).
- Para quem busca experiências autênticas, o Palhoça da Colina reúne todo mundo em volta de uma mesa no chão, forrado de almofadas, onde é servido um peixe pescado no dia –o menu sai por R$ 150 e é preciso reservar.
- Para beber drinques refrescantes, vá ao Bar do Cachorro, com boas noites de forró, ou ao Bar do Meio, onde a música eletrônica começa cedo.
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