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Como saber se você está em um relacionamento abusivo

Psicóloga explica no que prestar atenção se você desconfia que está em um

Por Amanda Panteri
4 mar 2020, 17h26
Mulher sofrendo de depressão
 (Marjan_Apostolovic/Thinkstock/Getty Images)
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Muita gente confunde, mas estar em um relacionamento abusivo não é sinônimo de apanhar. Apesar de as mulheres serem mais vulneráveis a isso, pode acontecer com homens, entre duas amizades e até familiares, sabia? 

Isso mesmo. Esse tipo de relação se manifesta, muitas vezes, por meio da intimidação e pode evoluir para quadros mais graves. “É comum a pessoa sentir-se mal o tempo todo. Costuma afetar o campo psicológico e acontece em qualquer tipo de vínculo: amoroso, familiar, em amizades e até no ambiente profissional”, explica a psicóloga Elaine Di Sarno, especialista em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (FMUSP). 

Então, se você desconfia que está sofrendo com isso (ou que alguém próximo a você esteja), fique atento a estes 6 sinais, indicados pela especialista: 

1 – Você sente que não consegue sair desse relacionamento

Você já tentou se afastar, terminar e até se distanciar da pessoa, mas, por um motivo ou outro, sempre volta. Não importa o que aconteça, você se sente preso, como se estivesse sem forças e estrutura emocional. “Na relação tóxica, há uma tentativa de poder sobre o outro, é uma relação desproporcional. A pessoa fica refém do relacionamento, aprisionada. E com a autopercepção, autoestima e capacidade de pensamento crítico abalados”, diz a psicóloga.  

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2 – Você sente que não é bom o suficiente (e que tem muita sorte de estar com a outra pessoa)

“A pessoa acha que não é boa o suficiente para conseguir reconstruir a sua vida. Quando alguém está envolvido em um relacionamento tóxico, fica dependente emocionalmente do agressor”, afirma Elaine. E aí, fica fácil acreditar que é melhor estar no relacionamento do que sozinho, ou achar sempre que não é o momento certo para terminar

3 – O ciúme e controle são excessivos

As cobranças são constantes, e a falta de liberdade também. Muitas vezes, o controle e o ciúme vêm disfarçados de preocupação. “Eu faço essas coisas porque te amo demais” é uma desculpa frequente.  E aí, você acaba se afastando de amigos e parentes porque “eles não querem o seu bem”. 

Segundo a psicóloga, esse comportamento pode causar desde o isolamento social até medo, crises de ansiedade e depressão. E ainda alerta. “A pessoa que espia nem sempre corresponde ao perfil típico de um ciumento patológico, que é aquele que busca sinais e persegue ou controla o outro obsessivamente, confundindo amor com posse”.

Vigiar o outro não é saudável para nenhum dos dois. Afinal, controle não é prova de amor, e sim, insegurança

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4 – As demonstrações de força são frequentes 

Vocês brigaram, e, por estar muito nervosa, a pessoa gritou, socou a parede, quebrou algo ou jogou um objeto no chão? Isso não é legal. Reações exageradas e explosivas são tentativas de mostrar poder, E podem, infelizmente, evoluir para agressões. 

5 – Seus sentimentos são invalidados

Quando você está triste com alguma atitude do outro e vai conversar ou tirar satisfações, é sempre taxado de “louco”, “sensível demais” ou até “delirante”. Não é incomum que você acabe levando a culpa por algo que nem começou. 

 6 – Chantagem 

A manipulação acontece de várias formas. Se você se recusa a fazer algo, a outra pessoa usa discursos como “eu vou ficar muito zangado”, “vou me matar”. O medo da ameaça virar realidade é tanto que você sempre acaba cedendo. 

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Mas então o que fazer? 

“Procure ajuda psicológica para melhorar a autoestima, diminuir a vulnerabilidade, reconhecer capacidades e potenciais e ter segurança para terminar o relacionamento disfuncional. No caso de mulheres ameaçadas, as delegacias especializadas na Lei Maria da Penha oferecem suporte e proteção física.”

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