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Home care: tudo sobre cuidar de pacientes em casa

A procura pelo home care cresceu durante a pandemia em até 50%. Conheça o serviço e as suas vantagens.

Por Marcela De Mingo
29 nov 2021, 08h00
home care
 (Marko Geber/Getty Images)
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Durante a pandemia de coronavírus, um serviço começou a crescer em popularidade e busca: o home care. Para quem não conhece, o termo determina a prestação de serviço de cuidados de saúde em casa – ou seja, todo o suporte médico e de enfermagem acontece na casa do paciente e não no hospital. 

Segundo João Paulo Silveira, CEO da empresa de home care Domicile, quem costuma indicar o serviço para os pacientes são os próprios médicos, que solicitam a transferência do paciente para casa através do convênio. “O serviço pode variar desde um simples cuidado ou acompanhamento, até uma internação em casa, que consiste em serviços de saúde que se comparam a uma UTI semi-intensiva”, explica ele. “Ao levar esse paciente para este local, toda uma estrutura é montada para atendê-lo com a mesma qualidade que, fisicamente, no hospital.”

Isso significa que a casa do paciente será equipada com a estrutura necessária para o cuidado, o que vai desde aparelhos de monitoramento remoto (o chamado telemonitoramento), até materiais médicos e medicamentos, além de equipamentos de suporte à vida. 

Via de regra, o home care é diferente de contratar um enfermeiro, por exemplo, para auxiliar o idoso com o seu dia a dia. Ele conta com uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e terapeutas, e incluem consultas, exames, plantões de até 24 horas, 7 dias na semana, aplicações de medicamentos, telemedicina e atendimento pré-hospitalar (como a necessidade de uma ambulância em caso de urgência e emergência), além de relatórios de atendimento e acompanhamento. Ou seja, é como se o paciente estivesse, de fato, no hospital, mas sem sair de casa. 

Quais os benefícios do home care? 

Os cuidados médicos em casa têm as suas vantagens, claro. A presença de uma equipe multidisciplinar é uma delas, o que garante todo o cuidado com o paciente e sua condição física, de forma a promover melhoras, estabilização ou conforto em relação ao quadro clínico. 

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Um dos principais benefícios é a humanização do atendimento e o afeto durante o tratamento do paciente”, continua João. “Essa modalidade permite mais contato entre médicos, pacientes e familiares, com isso, o processo de reabilitação torna-se muito mais transparente e desestressante, já que todos conseguem assistir de perto aos quadros clínicos.”

Sabe-se também que o contato com a família é um fator que fala a favor do home care. Segundo a revisão de mais de 140 estudos desenvolvidos nos Estados Unidos por especialistas da Brigham Young University e da Universidade da Carolina do Norte, pessoas com vínculos afetivos ativos tinham 50% mais chances de sobrevivência. Esses mesmos estudos concluíram também que a sensação de solidão e falta de amigos são comparáveis aos problemas provocados pela obesidade, o abuso de álcool ou o consumo de 15 cigarros por dia. 

Outra vantagem do home care é relacionada à questão das infecções hospitalares. “Como um enfermo tem a imunização afetada, bactérias e vírus de hospitais podem ser grandes vilões na hora da recuperação. Manter um paciente em casa pode privá-lo de ter contaminações, pois ele fica menos exposto aos riscos infectológicos que podem piorar o quadro de saúde. Além disso, neste cenário os familiares e conhecidos não precisam também se expor a este ambiente e correr risco de contrair alguma doença”, continua ele. 

Isso tudo sem contar com a assistência individual, já que os profissionais oferecem cuidado particular e direcionado ao quadro do paciente em questão, e o cuidado psicológico do paciente e dos familiares, que, em um ambiente conhecido, ficam mais tranquilos e menos angustiados. 

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