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Trombose: Entenda o problema e saiba como prevenir

16 de setembro é o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose. Confira os pontos fundamentais para compreender a doença e descubra como evitá-la.

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 7 mar 2024, 17h47 - Publicado em 16 set 2022, 09h00
Mulher segurando a perna
 (Divulgação/Divulgação)
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A trombose é uma doença que preocupa, principalmente, pessoas que trabalham sentadas e viajantes de longa distância. Isso porque ela ocorre quando um coágulo sanguíneo se desenvolve no interior das veias das pernas em razão da circulação inadequada, comprometendo a passagem do sangue.

A cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, detalha quais são os sinais e sintomas da trombose.

“A trombose geralmente se manifesta como um quadro de dor na perna, principalmente na panturrilha, associado a inchaço persistente, calor, sensibilidade e vermelhidão o que vai levar quase sempre à procura de ajuda médica. Em casos mais raros, o coágulo pode ainda se desprender da parede da veia e correr pela circulação até chegar ao pulmão, causando uma embolia pulmonar que pode resultar até mesmo em morte súbita”, explica.

É importante ressaltar que a doença segue sendo constantemente estudada e tem relação com hábitos de vida. Entenda mais a seguir!

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Assistir televisão em excesso é um fator de risco para a trombose?

De acordo com um estudo publicado no ano de 2018 no Journal of Thrombosis and Thrombolysis, o hábito diário de permanecer muito tempo assistindo à televisão pode desencadear coágulos sanguíneos, uma vez que, ao ficar sentado por longos períodos, pode acontecer a diminuição do fluxo sanguíneo para as pernas e para os pés. 

Trabalhar sentado pode aumentar a chances de desencadear o problema?

Na rotina nos escritórios, é comum permanecer sentado por horas. No home office, esse aspecto tende a ser ainda mais presente.

“Temos o hábito de deixar tudo por perto, ao alcance das mãos, o lanchinho, o café, a água, o celular e às vezes até a televisão. Mas precisamos lembrar que se já sofríamos com a falta de mobilidade quando tínhamos a rotina do escritório, o home office só veio a piorar, em uma rotina no qual estamos confinados a poucos metros quadrados, num ambiente do nosso controle. Nossa mobilidade reduziu muito, e com isso um aumento de retenção de líquidos, dor nas pernas e até um aumento na incidência de trombose”, explica Aline.

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Atividade física ajuda na prevenção da trombose?

De acordo com a cirurgiã vascular, a prática de exercício físico é indicada para a prevenção da trombose, já que um dos maiores fatores de risco para a doença é a imobilização.

Ao se exercitar, o fluxo sanguíneo dentro dos vasos aumenta, contribuindo para a circulação e dificultando o surgimento de coágulos.

“Qualquer exercício que trabalhe a panturrilha, a batata da perna, vai ajudar, sendo assim, apenas o ato de flexionar e esticar o tornozelo já será significativo. Pode ajudar usar uma faixa para ser colocada na ponta dos pés como resistência e fazer força para esticar os pés. Movimentos circulares com o tornozelo, abraçar e esticar as pernas e movimentos como o de bicicleta podem ajudar caso a pessoa tenha a capacidade de realizá-los sem dor ou incômodo, diariamente”, diz.

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“Para quem não tem o hábito de realizar atividade física, o ideal é começar com pouco tempo, 15 a 20 minutos, mas diários, e ir aumentando. Tente realizar a atividade de preferência sempre na mesma hora: não espere a inspiração bater, levante e faça, por rotina. Pense que é pouco tempo: só 15 minutos”, aconselha a médica.

Gravidez e parto cesárea favorecem o risco?

De acordo com informações de uma revisão da University of Texas Health Medical School at Houston publicada em 2019, durante as 6 semanas pós-parto, o risco de acidente tromboembólico é 22 vezes maior do que quando já se passou um ano do nascimento. Levando em consideração que a cesárea é uma cirurgia que exige recuperação, ela também está relacionada com o risco de trombose.

“O risco de mulheres desenvolverem trombose aumenta substancialmente durante a gravidez e novamente durante a recuperação pós-parto. Isso porque, além da questão hormonal, o fluxo sanguíneo tende a ser mais lento devido à inatividade ou à pressão nos vasos sanguíneos causada pelo útero em expansão, o que torna o sangue mais propenso a coagular”, ressalta Aline. 

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E a pílula anticoncepcional?

A Dra. Aline explica que a utilização de pílulas anticoncepcionais combinadas pode ampliar a incidência de trombose de 3 a 5 vezes, sendo que isso depende do tipo de pílula e da forma como ela é utilizada.

“Isso ocorre porque a quantidade de hormônios presentes nas pílulas anticoncepcionais é capaz de alterar a circulação, aumentando o risco de formação de coágulos nas veias profundas. Por isso, o uso desse método não é recomendado por mulheres que já possuem predisposição ao problema”, inicia a doutora.

“Pílulas com altas doses de estrogênio também possuem maiores chances de provocar hipertensão arterial, principalmente em mulheres que fumam, tem mais de 35 anos ou já sofrem de hipertensão”, completa.

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“Apenas o ginecologista poderá realizar uma avaliação levando em conta fatores como histórico médico e familiar para então recomendar o método contraceptivo mais adequado para você, seja ele hormonal ou de barreira”, conclui, destacando a importância de contar com o auxílio de um médico

 

 

 

 

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