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Será que a terapia remota é para você?

Entre um encontro cara a cara e uma sessão por Zoom, como saber o que funciona melhor? Damos as dicas aqui!

Por Marcela De Mingo
9 nov 2021, 08h00
terapia remota
Busy Senior Women having Video Conference at home. Elderly Business Woman Having a Video Call With Coworker, Working Online From Home at Cozy Atmosphere. Concept of Remote Work From Home (PixelsEffect/Getty Images)
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Com a pandemia de coronavírus, muita gente percebeu uma necessidade de cuidar mais de perto da sua saúde mental. E, com o fechamento do comércio e a recomendação do distanciamento social, as buscas pela terapia remota explodiram no Brasil e no mundo. 

Terapia Remota vs. Terapia Presencial

Segundo Ana Carolina Peuker, psicóloga, doutora em psicologia e CEO e fundadora da Bee Touch, a principal diferença entre as duas modalidades de terapia, remota ou presencial, é a forma como ela ocorre. “Tanto a terapia online quanto a presencial têm os mesmos objetivos, que em geral se orientam para a melhoria do bem-estar mental das pessoas”, explica ela. “O que muda é que na online o terapeuta e o cliente interagem através de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), como: aplicativos de mensagens, telefone e/ou plataformas de vídeo.”

A terapia remota é permitida pelo Conselho Federal de Psicologia desde 2018, mas é um fato que a demanda e a oferta desse serviço aumentaram muito com a crise pandêmica. “Muitas pessoas perceberam que o atendimento online traz muitas vantagens, como a conveniência de fazer terapia de onde estiver sem perder tempo no trânsito, bem como o acesso a profissionais especializados de outras localidades, além daqueles de sua própria cidade, valores mais acessíveis e a possibilidade de ter horários mais flexíveis”, continua Ana.  

De forma geral, a opção de atendimento psicológico remoto democratiza o acesso de pessoas que não teriam a possibilidade de fazê-lo presencialmente, o que colabora para resultados globais positivos, já que o tratamento psicológico tem sempre o objetivo de melhorar a qualidade de vida do indivíduo. 

Segundo Ana, os cuidados são mais relacionados à infraestrutura tecnológica para garantir que a chamada de vídeo ocorra adequadamente, sem “quedas” ou sem “travar”, e também ao sigilo. “Sempre se recomenda que o cliente se certifique de estar em local com boa conectividade, bem como, em um lugar livre de interferências externas, como um cômodo (sala, quarto) fechado com chave para minimizar a possibilidade de alguém atrapalhar a sessão. O uso de fones de ouvido também é recomendado”, explica.  

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Como saber se a terapia remota funciona para mim? 

Independentemente do formato, o principal é a procura por um auxílio especializado. Sabemos que, durante a pandemia,  questões como burnout e crises de ansiedade cresceram muito, e o cuidado com a saúde mental ganhou uma nova perspectiva. Ainda assim, o tabu em relação a questões como depressão segue grande, o que prejudica a busca de ajuda precoce. 

“Cada pessoa precisa avaliar seu estilo de vida, suas preferências e disponibilidade interna para esse encontro. Fazer terapia, seja ela remota ou presencial, requer muito mais que um espaço na agenda. Este tipo de processo exige um espaço ‘dentro de si’ caracterizado pela motivação de se tratar, de superar possíveis obstáculos que possam surgir e interferir no plano de fazer terapia”, diz Ana.  

Para pessoas com agendas mais comprometidas, a terapia online é uma alternativa viável, por conta da flexibilidade. Seja por causa de uma viagem, uma mudança de país ou algum imprevisto na agenda de trabalho ou de casa, é possível manter o contato com o psicólogo ou terapeuta de qualquer lugar. Por outro lado, quem sente que a flexibilidade pode ser mais um fator ansiolítico do que um facilitador pode preferir o compromisso semanal de estar, toda semana, no mesmo lugar físico, no mesmo horário, para as sessões. 

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