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O que deve mudar no skincare durante a gravidez?

Os cuidados com a pele são importantes em todas as fases da vida, mas é preciso cuidado e atenção ao skincare durante a gravidez

Por Marcela De Mingo
2 abr 2023, 08h00
skincare durante a gravidez
O skincare durante a gravidez exige atenção especial ao uso de ativos e produtos de uso diário (cottonbro / Pexels/Divulgação)
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A gravidez é um momento de muitas mudanças para as mulheres, e não é nenhuma novidade que esse momento exige muitas mudanças, tanto de hábitos de vida quanto de produtos utilizados no dia a dia. É por isso que o skincare durante a gravidez também precisa se adaptar. 

“Embora a gravidez seja um período em que ocorre uma tendência ao aparecimento de manchas, agravamento da oleosidade e acne, é um momento em que se deve ter cautela com os usos de cosméticos habituais que faziam parte da sua rotina, pois existem ativos que podem penetrar na pele, ganhar a circulação sanguínea e atravessar a barreira placentária, chegando ao feto e ao leite materno”, explica a dermatologista Dra. Lilian Brasileiro. 

SKINCARE DURANTE A GRAVIDEZ: O QUE NÃO PODE? 

Nesse momento da vida de uma mulher, os ativos são seguros são todos aqueles com potencial de gerar má formação fetal, alterações na coagulação sanguínea, formação de tumores, indução de abortos e sensibilização da pele, além de riscos de alergias severas. 

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 “Um dos ativos anti-idade mais utilizados no mundo pela dermatologia é o ácido retinoico e os derivados da vitamina A, como a tretinoina”, explica. “Também são os mais contraindicados pelo risco de má formação fetal, porém, baixas concentrações podem ser utilizados na amamentação.”

Os ácidos orgânicos, da família dos alfa-hidroxiácidos (AHA), como o ácido glicólico, o mandélico, o málico e o salicílico acima de 2% também são contraindicados. 

“A hidroquinona, um clareador potente do melasma gravídico, também não deve ser utilizada tanto na gestação, quanto na amamentação”, continua. “Até mesmo a cânfora, muito utilizada para aliviar a sensação de peso nas pernas da gestante, deve ser evitada.”

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O alcatrão, muito utilizado em xampus para descamação do couro cabeludo, segundo a literatura médica pode induzir o aborto – o que significa que também deve ficar de fora da rotina das futuras mamães. 

“Outros cosméticos do dia a dia habitual das mulheres, como creme com ureia e cafeína, tinturas capilares que contenham chumbo, maquiagens com titânio na formulação, esmaltes com formol, chumbo e toluenos, também reapresentam um sinal vermelho, assim como as acetonas, que deverão ser substituídas por removedores de esmalte”, conclui. 

O QUE MULHERES GRÁVIDAS PODEM USAR DURANTE A GRAVIDEZ? 

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Apesar da lista de contraindicações ser grande, ainda existe uma gama de ativos cosméticos hidratantes, clareadores, sebo-reguladores, anti-inflamatórios e antioxidantes que podem ser usados com segurança nesse período. 

“Como agentes hidratantes e emolientes, a glicerina, a manteiga de karité, óleos minerais e óleos de vegetais como amêndoas, uva, framboesa e abacate, além da vitamina E são ativos eficazes e seguros”, diz. 

A vitamina C, uma queridinha das rotinas de skincare, também pode ser usada na concentração máxima de 10%, e é um ótimo ativo clareador e antioxidante, muito indicado para esse período. 

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“O ácido azelaico funciona como um regulador de oleosidade e clareador seguro nesta fase”, diz. “Outro ativo hidratante e anti-idade seguro é o famoso ácido hialurônico único, que pode ser usado sem restrição alguma.”

PROTETOR SOLAR FÍSICO X PROTETOR SOLAR QUÍMICO

A proteção solar, tão importante para todas as pessoas em qualquer fase ou momento da vida, também é uma questão durante a gestação e é um ponto de atenção. 

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“O protetor solar físico, também conhecido como mineral, tem origem inorgânica, como dióxido de ferro, de titânio e óxido de zinco”, explica. “Esses minerais formam uma película sobre a pele que funcionam como um escudo de proteção, e a radiação emitida pelo sol é refletida e não absorvida.”

Já os protetores químicos, também chamados de orgânicos, absorvem e consomem a radiação solar e a devolvem ao meio ambiente, transformando-a em uma radiação inofensiva para a pele.

Quando o assunto é a gravidez, os protetores físicos são os mais indicados para gestantes e lactantes, crianças ou pessoas alérgicas, de pele muito sensível, já que tem capacidade de proteção e causam menos irritação. 

“Sem falar nas temidas manchas da gravidez, conhecidas como melasma, que se beneficiam especialmente pela ação da proteção física proveniente dos minerais”, finaliza a médica. 

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