Apesar de existir um movimento fitness cada vez mais forte, o mundo ainda sofre com a epidemia da obesidade. O que poucos sabem, porém, é que o caminho para um corpo mais saudável começa antes mesmo do bebê nascer. Foi o que revelou este novo estudo. Rastreando as origens do excesso de peso, os pesquisadores descobriram que o histórico do corpo da mãe e do pai vão além da herança genética simples – aquela que define a cor dos olhos, por exemplo.
Na verdade, vinte e três genes são responsáveis por aumentar o risco de nos tornarmos obesos. Isso acontece porque eles carregam características que podem atuar muito cedo no desenvolvimento da criança, acelerando o ganho de peso.
A trajetória de peso normal é: as crianças nascem magras, ficam gordinhas durante a infância e, em seguida, perdem peso, quando ficam mais altas e tornam-se mais ativas. A partir dos 10 anos, a gordura corporal aumenta como uma forma de preparação para a puberdade – fenômeno chamado de adiposidade rebote. No caso das crianças que contem os genes da obesidade, a adiposidade rebote ocorre mais cedo e em maior intensidade.
Embora os genes não sejam modificáveis, o ganho de peso excessivo da mãe durante a gravidez prevê não apenas o peso de nascimento, como também a probabilidade de desenvolver obesidade no meio da infância. E o peso do pai? Ele também influencia, uma vez que o sobrepeso altera o gene do esperma e essa mudança pode ser passada para as próximas gerações.
Fator extra
Atualmente, as crianças estão cercadas por opções industrializadas, que chamam mais atenção do que os alimentos orgânicos e saudáveis. Por isso, os pais devem ficar de olho na alimentação dos pequenos e incluir mais atividades físicas ou brincadeiras na rotina deles – seja na escola, em atividades extracurriculares ou em casa.