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5 grupos de alimentos que ajudam a proteger contra o câncer de mama

Qual é a relação entre alimentação e câncer de mama? Estudos estão sendo feitos no mundo inteiro para se chegar a essa resposta. Algumas questões já estão estabelecidas – por exemplo, é praticamente consenso que a dieta saudável, equilibrada e magrinha, rica em hortaliças, frutas e grãos integrais, desempenha papel importante na proteção contra doença. […]

Por Olga Penteado (colaboradora)
Atualizado em 26 abr 2024, 10h43 - Publicado em 14 out 2015, 14h05

Qual é a relação entre alimentação e câncer de mama? Estudos estão sendo feitos no mundo inteiro para se chegar a essa resposta. Algumas questões já estão estabelecidas – por exemplo, é praticamente consenso que a dieta saudável, equilibrada e magrinha, rica em hortaliças, frutas e grãos integrais, desempenha papel importante na proteção contra doença. Entre os micronutrientes mais estudados estão as vitaminas antioxidantes e o ácido fólico. Essas substâncias defendem nossas células do stress oxidativo, um dos responsáveis por danos ao DNA – e que, por isso, inibem o crescimento das células cancerígenas. “É preciso deixar claro, porém, que nenhum alimento sozinho é capaz de prevenir o câncer de mama, uma doença que tem várias causas – entre elas, a genética, a história familiar e a idade. Temos, porém, indícios importantes que alguns nutrientes podem contribuir na prevenção”, diz Lia Buschinelli, nutricionista do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC). Conheça os principais.

GRUPO 1: Alimentos pouco calóricos. A relação mais bem documentada entre câncer de mama e alimentação diz respeito ao excesso de calorias. A gordura corporal também produz estrogênio, e esse hormônio está intimamente ligado à doença. Manter-se magra ao longo da vida é a melhor maneira de se prevenir. Aqui, não dá para negociar: a boa escolha à mesa é fundamental. Prefira, se possível, os orgânicos, livres da química usada nas lavouras (sobre a qual também pairam suspeitas). Dê um passo além e invista nos superalimentos, com nutrientes concentrados — não é apenas a saúde que sairá ganhando, a boa forma também! Exemplos: quinua, chia, aveia, leites vegetais (de amêndoa, avelã e aveia).

GRUPO 2: Frutas cítricas. A vitamina C ajuda na manutenção do sistema imunológico, responsável por corrigir danos do DNA que podem levar ao desenvolvimento do câncer. Exemplos: laranja, mexerica, limão. A vitamina C também está presente na goiaba, morango, acerola e kiwi.

GRUPO 3: Frutas vermelhas. Os pigmentos avermelhados ajudam a neutralizar os radicais livres presentes naturalmente no organismo ou produzidos pelo cigarro, entre outros fatores externos. “Esses radicais podem causam alterações no DNA, responsáveis pelo desenvolvimento de qualquer câncer, inclusive o de mama”, explica Lia Buschinelli. Exemplos: morango, amora, açaí, pitanga, jabuticaba, mirtilo, cereja, uva vermelha…

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GRUPO 4: Hortaliças crucíferas. “Existem evidências de que essas verduras podem atuar de forma preventiva. Apesar de os estudos terem sido feitos com animais, já se recomenda que esses alimentos sejam consumidos regularmente como forma de inibir o desenvolvimento do câncer”, diz Lia Buschinelli. Os responsáveis pela ação são os glucosinolatos – os mesmos que causam o cheiro forte desses vegetais – que ajudam a eliminar substâncias responsáveis por mutações que geram o câncer. Exemplos: brócolis, couve-flor, couve manteiga, couve de Bruxelas, repolho, aspargos, agrião…

GRUPO 5: Leguminosas ricas em ácido fólico. “Pesquisas recentes mostram que existem evidências de que dietas ricas em vitamina B9 podem estar associadas com um risco menor de câncer de mama – pois ela funciona com um receptor negativo para o estrogênio, hormônio ligado aos tumores malignos da mama”, esclarece Lia Buschinelli. Exemplos: feijões, lentilhas, amendoim…


4 alimentos que prometem 

Conheça alguns itens que estão sendo estudados para proteção especifica contra o câncer de mama, mas que ainda aguardam a chancela definitiva da ciência. De qualquer modo, como são opções que já se provaram benéficas para a saúde como um todo, vale a pena acrescentá-las no cardápio. 

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Azeite de oliva extravirgem. Um estudo feito pela Universidade de Navarra, na Espanha, com mulheres que seguem a dieta mediterrânea, mostrou que aquelas que consumiram azeite (repleto de antioxidantes e fitonutrientes) regularmente tiveram 62% menos risco de desenvolver a doença em um prazo de 5 anos, em comperação às que não consumiram ou consumiram pouco azeite. 

Linhaça. Contém lignanas, um fitoestrógeno que está sendo estudado na prevenção de câncer de mama e de colo de útero. O fitoestrógeno é uma substância vegetal que, apesar de ter estrutura química diferente do hormônio produzido no nosso organismo, tem ação similar no metabolismo. O fitoestrógeno é capaz de regular a produção do nosso estrógeno natural – que, em níveis elevados, acelera a produção das células mamarias, o que pode levar à mutações indesejadas.  Um estudo feito nos Estados Unidos mostrou que as mulheres que consumiam linhaça e outros alimentos ricos em lignanas regularmente apresentaram menor risco de desenvolver a doença. 

Salmão. Algumas pesquisas indicam ação preventiva desse peixe de água fria. É o caso, por exemplo, de uma análise feita na China, pela Universidade de Zhejiang, com um grande número de mulheres – 800 mil – que consumiam salmão regularmente. Dessas, pouco mais de 20 mil desenvolveram a doença. O responsável pela proteção seria ômega 3, que teria efeito inibidor na proliferação de células do tecido mamário. 

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Soja, edamame, tofu, missô. No Oriente – Japão, Coreia, China – já foram feitos inúmeros estudos mostrando a ação da isoflavonas, os mais famosos fitoestrógenos, abundantes na soja e derivados, na ação preventiva da doença. Mas essa equação, segundo os cientistas ocidentais, é um tanto complicada. As mulheres orientais têm, historicamente, menos risco de desenvolver a doença. Por isso, não fica claro o papel específico da soja, pois outros fatores, como o genético, estão envolvidos. Além disso, é necessário consumo grande e regular de soja e derivados a partir da infância, o que não faz parte da cultura alimentar do Ocidente. 

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