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Rinite alérgica: principais causas e como evitá-las

Ácaros, mofo, pelos de animais, pólen, fumaça e agentes químicos estão entre os principais desencadeadores do quadro. Veja como preveni-lo!

Por Ana Paula Ferreira
11 jul 2024, 10h00

A rinite alérgica é uma das alergias respiratórias mais frequentes na população, afetando mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Alergia (WAO, na sigla em inglês).

Causado por uma inflamação na mucosa que reveste a parte interna do nariz, o quadro resulta em espirros constantes, olhos vermelhos, coriza, coceira no nariz e congestão nasais como principais sintomas.

Para que isso ocorra, no entanto, é preciso evitar certos gatilhos que podem desencadear essa doença que, se não tratada, traz impactos negativos à qualidade de vida. A seguir, profissionais da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) destacam quais são eles.

Principais causas da rinite alérgica

Ácaros e mofo

Invisíveis a olho nu, os ácaros são micro-organismos que se alimentam de restos de pele humana. São facilmente encontrados em colchões, travesseiros, tapetes, cortinas e roupas guardadas, por exemplo.  Já o mofo ou bolor costumam dominar ambientes úmidos que ficaram fechados por um longo período, como casas e apartamentos veraneio, ou ambientes sem incidência solar.

Pelos de animais

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Além de carregarem ácaros, os pelos de cães, gatos e outros animais domésticos contêm proteínas presentes na saliva, pele e até na urina, que podem desencadear reações alérgicas em pessoas sensíveis.

Pólen

Na primavera há aumento da concentração de pólen do ar, liberado das flores e das gramíneas e dispersado pelo vento, uma situação que acaba afetando as mucosas e vias aéreas de pessoas sensíveis.

Tempo frio e seco

A mudança brusca de temperatura, por exemplo, do calor para o frio, promove em algumas pessoas um reflexo exacerbado de obstrução do nariz, espirros e/ou coriza, chamado de rinite vasomotora, sendo estes efeitos ainda mais intensos em quem apresenta também uma rinite alérgica descompensada. O tempo seco, associado ao frio, potencializa estes efeitos.

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Fumaça

A fumaça dos carros, do cigarro ou das queimadas contém partículas irritantes, como alcatrão e outros produtos químicos, que prejudicam as vias respiratórias.

Poluição

A poluição do ar inclui componentes e gases tóxicos que danificam as células do sistema respiratório, tornando-o mais sensível a alérgenos.

Agentes químicos

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Produtos de limpeza, como água sanitária, desinfetantes e detergentes, desodorantes de ambiente, tintas, inseticidas e outros produtos com cheiro forte também podem irritar o nariz e desencadear crises de rinite irritativa, mesmo em pessoas não alérgicas.

Prevenção do quadro

A principal medida preventiva para a rinite alérgica é evitar o contato com as substâncias e agentes alérgenos que desencadeiam a doença.

“A higienização dos espaços de convivência é essencial, de preferência utilizando pano úmido, para evitar que a poeira e pelos de animais no chão seja dispersada. Também é importante dar preferência para colchões e almofadas antialérgicas e o uso de capas antiácaro em colchões e travesseiros”, cita o coordenador do departamento de Alergia da ABORL-CCF, Olavo Mion.

Na primavera, quando há aumento da disseminação do polén pelo ar, manter as janelas fechadas, usar óculos de sol e não frequentar locais com alta concentração desse componente são as principais estratégias para reduzir o risco do quadro nas pessoas sensíveis. “Os umidificadores podem ajudar melhorar a sensação de umidade do ar, em dias de tempo seco”, explicou o médico.

O especialista ainda alerta que somente se distanciar dos gatilhos de agentes desencadeantes da rinite alérgica pode não ser suficiente. Por isso, a consulta com médico otorrinolaringologista é necessária. Ele pode indicar cuidados como a lavagem nasal com uma solução salina e terapias medicamentosas. “O médico é capaz de avaliar e indicar quais fármacos que controlem os sintomas, pois cada paciente possui particularidades e o tratamento deve ser individualizado”, finaliza Olavo.

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