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Falta de lubrificação feminina: por que acontece e o que fazer?

Ginecologista esclarece as principais dúvidas a respeito do ressecamento vaginal

Por Juliany Rodrigues
14 nov 2022, 10h22
Mulher segurando uma rosa na frente da calcinha
 (Karolina Grabowska/Pexels)
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A falta de lubrificação é bastante comum na menopausa e atinge até 90% das mulheres com ressecamento vaginal. Entretanto, isso também pode acontecer em mulheres mais jovens, sendo que, na maior parte das vezes, ocorre em razão de fatores psicológicos e pode ter associação ao uso de medicamentos ou contraceptivos.

A lubrificação vaginal consiste em uma secreção mucoide que lubrifica a vulva e o canal da vagina. Como ela possui relação com a redução da produção hormonal, normalmente, diminui no período do climatério ou da menopausa.

Se você já sentiu dor na hora da relação sexual, vale se atentar à falta de lubrificação, pois ela pode ser considerada uma das principais causas de dor durante a relação.

“É de enorme importância, pois permite o conforto e prazer nas relações sexuais, melhora a autoestima e a qualidade de vida. Além disso, atua como barreira de proteção contra determinadas bactérias, fungos e doenças”, alerta a ginecologista Fabiane Gama, da Clínica Leger.

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“A falta de muco faz com que o atrito da relação gere, até mesmo, micro lesões nas paredes vaginais da paciente”, explica a médica.

Existem aqueles que acreditam que a lubrificação está diretamente relacionada com a excitação, porém a médica ressalta que “mesmo que a produção de muco vaginal seja a principal resposta do corpo feminino à excitação, existem fatores físicos que podem alterar a lubrificação adequada, até quando a pessoa não está excitada. Por exemplo: pode mudar no período do ciclo menstrual, mais especificamente na ovulação, em que o aumento de muco ocorre para favorecer uma possível fecundação”.

Para tratar a falta de lubrificação, Fabiane indica que é fundamental identificar a causa e utilizar recursos disponíveis no mercado.

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“Os principais tratamentos são os hormonais, cremes vaginais e tecnologias que nos auxiliam tanto na lubrificação, quanto na elasticidade e sensibilidade. Laser de CO² Fracionado, Laser Erbium e Radiofrequência, são alguns exemplos. É importante recorrer aos tratamentos em qualquer idade que for evidenciado algum dos sintomas”.

Por fim, a médica ressalta que nem toda vagina excitada fica lubrificada.

“A lubrificação é mais visível na excitação devido ao aumento da vascularização vaginal, porém, a mulher pode estar excitada e não ter uma lubrificação adequada. Isso ocorre devido à alteração hormonal, menopausa, uso de medicamentos, tratamentos oncológicos, entre outros fatores. No mais, situações de estresse, medo e ansiedade, pelo fato de interferirem no sistema nervoso autônomo, acabam exercendo importante interferência”, pontua a ginecologista.

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