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Dia Mundial do Doador de Sangue: o que você precisa saber para doar

Para fazer uma doação de sangue, não basta simplesmente ir a um hemocentro e se disponibilizar para a coleta. Veja quais são os requisitos!

Por Ana Paula Ferreira
14 jun 2023, 08h00
Confira o guia completo para descobrir se você pode se tornar um doador de sangue
Confira o guia completo para descobrir se você pode se tornar um doador de sangue (Freepik/Divulgação)
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Celebrado em 14 de junho, o Dia Mundial do Doador de Sangue foi criado com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a necessidade e a importância global da doação de sangue de forma segura, uma vez que cada doação pode salvar a vida de até quatro pessoas.

De acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de um procedimento simples, rápido e totalmente seguro, que não oferece nenhum risco para a Saúde do doador, uma vez que o material usado na coleta é descartável, eliminando qualquer possibilidade de contaminação.

Para fazer a doação, contudo, não basta simplesmente ir ao hemocentro e se disponibilizar como doador. Antes de partir de fato para a coleta, é necessário passar por uma triagem rigorosa e atender a uma série de requisitos.

A seguir, você confere tudo o que precisa saber para doar sangue.

Quem pode fazer doação de sangue?

Antes de buscar uma das unidades de coleta, é preciso checar se você atende aos requisitos básicos necessários para doar sangue. Segundo as informações publicadas pela Fundação Pró-Sangue, um dos hemocentros de São Paulo, com base no Ministério da Saúde, eles são:

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  • Estar em boas condições de saúde;
  • Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos;
  • Pesar no mínimo 50kg;
  • Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
  • Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação ou aguardar 2 horas após o almoço);
  • Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial.

Vale ressaltar que, para pessoas menores de 18 anos, é necessário ter também o consentimento formal dos responsáveis legais.

Além disso, quem costuma fazer doações regulares, precisa manter um intervalo mínimo entre as coletas, sendo:

  • de 2 em 2 meses, somando no máximo 4 vezes ao ano para homens;
  • de 3 em 3 meses, somando no máximo 3 doações anuais para mulheres.
Doar sangue é um gesto solidário e que pode salvar vidas
Doar sangue é um gesto solidário e que pode salvar vidas (rawpixel.com/Divulgação)

Fatores que impedem a doação

Abaixo estão listados os principais impedimentos temporários e definitivos para doação de sangue, também de acordo com o Ministério da Saúde.

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Esses itens, contudo, não eliminam outros possíveis motivos que te impeçam de doar ao serem identificados durante a triagem clínica feita no hemocentro, onde o profissional responsável pela entrevista avaliará se você está ou não apto a ter o sangue coletado naquele momento.

Impedimentos temporários para doar sangue

  • Gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas;
  • Período gestacional;
  • Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
  • Amamentação: até 12 meses após o parto;
  • Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
  • Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);
  • Extração dentária: 72 horas;
  • Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: 3 meses;
  • Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses;
  • Transfusão de sangue: 1 ano;
  • Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;
  • Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos: 6 meses;
  • Ter sido exposto a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses após a exposição.

Impedimentos definitivos para doar sangue

  • Hepatite após os 11 anos de idade*;
  • Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
  • Uso de drogas ilícitas injetáveis;
  • Malária;
  • Doença de Parkinson.

* Hepatite após o 11º aniversário: Recusa Definitiva. Hepatite B ou C após ou antes dos 10 anos: Recusa definitiva. Hepatite por Medicamento: apto após a cura e avaliado clinicamente. Hepatite viral (A): após os 11 anos de idade, se trouxer o exame do diagnóstico da doença, será avaliado pelo médico da triagem.

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Como é feita a coleta de doação de sangue

Passado o momento do cadastro e da entrevista no hemocentro, é chegada a hora de fazer a coleta do sangue.

O processo começa com a assepsia no local onde será feita a punção. Depois, o profissional coloca no braço a agulha estéril e descartável, acoplada a um conjunto de bolsas plásticas também estéreis.

A partir daí, são coletados durante aproximadamente 15 minutos cerca de 450 ml de sangue – volume que pode variar de acordo com o peso e o gênero do doador. Durante todo esse tempo, o paciente estará sendo assistido por profissionais do hemocentro.

“Em poucos dias, tudo o que é retirado é reposto pelo organismo”, aponta a médica Ana Carrijo, do Banco de Sangue de São Paulo.

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“Após a coleta do que chamamos ‘sangue total’, é realizado um procedimento chamado ‘fracionamento’ — em que podem ser produzidos concentrados de hemácias, de plaquetas, plasma e crioprecipitado”, explica André Larrubia, do Banco de Sangue da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Assim, as doações são usadas para ajudar pacientes em situações diversas, tais como em anemias crônicas, cirurgias de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves.

Vale lembrar ainda que existem duas possibilidades de destino para a doação: ela poderá ser espontânea, ou seja, ir para alguém desconhecido que esteja precisando, ou, então, ser destinada diretamente para um nome informado por você no local da coleta.

Cuidados pós-doação

Também segundo a Fundação Pró-Sangue, é indicado tomar alguns cuidados quando a coleta de sangue terminar.

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O primeiro deles é se manter sentado por, pelo menos, 15 minutos após o fim da doação para evitar qualquer mal-estar e, na sequência, comer e beber o lanche oferecido pelo hemocentro.

Além disso, outras orientações importantes que devem ser seguidas são:

  • Tomar bastante líquido nas 24 horas após a doação, para ajudar na reposição de volume perdido, em especial nas primeiras 4 horas após a coleta;
  • Evitar grandes esforços e exercícios físicos por 12 horas, para prevenir sangramentos e ajudar na cicatrização do local onde a agulha foi colocada;
  • Manter o curativo no local da agulha por, no mínimo, 4 horas;
  • Sentar-se imediatamente ao sentir qualquer mal-estar, tontura, fraqueza e sensação de que vai desmaiar, colocando a cabeça entre os joelhos, ou, então, se deitar imediatamente no chão com as pernas elevadas: essas medidas aumentam a circulação de sangue na cabeça, aliviando rapidamente os sintomas;
  • Não ingerir bebidas alcoólicas e não fumar por pelo menos 2 horas após a coleta.

Se você quer ser um doador de sangue, veja aqui o guia de hemocentros no Brasil.

 

 

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