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Verdade ou mito: só remédios tratam fibromialgia? Confira!

Estimativas mostram que a fibromialgia afeta 2% da população brasileira. Neurocirurgião esclarece mitos e verdades sobre a doença

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 13 Maio 2024, 11h43 - Publicado em 10 Maio 2024, 18h00
fibromialgia mulheres
Médico esclarece dúvidas frequentes sobre a fibromialgia | (freepik/Freepik)
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A fibromialgia é uma doença que ainda é frequentemente subdiagnosticada e mal compreendida. Caracterizada por dor crônica persistente, fadiga e mudanças de humor, segundo pesquisas, ela acomete entre 2% e 4% da população global.

A seguir, o Dr. Marcelo Valadares, neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, esclarece dúvidas comuns sobre a doença, entre elas: “é verdade que a fibromialgia afeta mais as mulheres?” e “o tratamento dessa condição só pode ser feito a partir do uso de remédios?”. Confira:

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A fibromialgia é mais comum em mulheres

Verdade

Estimativas apontam que entre 80% e 90% dos casos de fibromialgia acontecem em mulheres entre os 30 e 50 anos. A ciência tem buscado as explicações para o fato da fibromialgia ser mais prevalente em mulheres.

“Entre os fatores envolvidos estão as flutuações hormonais, que desempenham papel na sensibilidade à dor na regulação do sistema nervoso, a genética e as questões psicossociais, como estresse crônico e condições de saúde mental, por exemplo, ansiedade e depressão“, lista o Dr. Marcelo

O especialista ainda revela que as mulheres, em comparação com os homens, tendem a apresentar menores níveis de serotonina, um neurotransmissor associado à sensibilidade da dor.

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O único sintoma é a dor crônica

Mito

A dor crônica no corpo é o principal sintoma da fibromialgia, porém não podemos esquecer que ela também pode desencadear vários outros desconfortos, por exemplo, névoa cerebral, distúrbios do sono, fadiga, problemas cognitivos, rigidez muscular e sensibilidade aumentada.

A fibromialgia pode se manifestar de maneira diferente em cada pessoa. Enquanto algumas pessoas podem experimentar dor intensa em todo o corpo, outras podem ter dor localizada em áreas específicas. Além disso, os sintomas podem variar em gravidade. O tratamento personalizado e multidisciplinar é essencial para lidar com essa variedade de sintomas”, comenta.

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O tratamento só pode ser feito a partir do uso de remédios

Mito

Como não ainda não há uma cura para a fibromialgia, o tratamento é voltado para o alívio dos sintomas e a melhora da qualidade de vida. Ele pode ser feito a partir da adoção de diversas medidas e não se resume apenas ao uso de medicamentos.

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“Além dos fármacos, é necessário incluir tratamentos como fisioterapia, a inclusão de exercícios físicos na rotina, como o pilates, terapia ocupacional, técnicas de relaxamento, mudanças na dieta e estilo de vida, entre outras abordagens multidisciplinares”, pontua.

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Pode se manifestar em crianças

Verdade

Apesar de ser mais comum em adultos, a fibromialgia também pode se manifestar em adolescentes e crianças, sendo que, nessa fase da vida, pode ser ainda mais difícil chegar a um diagnóstico preciso, uma vez que os mais novos costumam ter dificuldades para reconhecer e expressar os sintomas.

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O diagnóstico pode ser complicado

Verdade

Segundo o Dr. Marcelo, o diagnóstico da fibromialgia pode ser muito desafiador, pois, além de não existir um exame específico para detectá-la, a doença provoca sintomas parecidos com os de outras.

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Nesse sentido, para confirmar a presença da fibromialgia, é indispensável que o médico realize uma avaliação clínica detalhada, analisando o histórico do paciente, as queixas e investigando a possibilidade de outras condições que possam estar desencadeando os sintomas apresentados.

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Fibromialgia é causada apenas por fatores psicológicos

Mito

As causas exatas da fibromialgia ainda não são conhecidas, no entanto, há evidências de que existem influências genéticas, hormonais e sociais no desenvolvimento da condição. Os sintomas da fibromialgia podem ser agravados pelo estresse, tensão emocional, ansiedade e depressão, fala o especialista.

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