Continua após publicidade

Derrame: saiba como identificar e se prevenir

Conheça os sintomas, os tipos e os fatores de risco do acidente vascular cerebral

Por Juliany Rodrigues
1 dez 2023, 13h30

O sedentarismo, o excesso de peso e o estresse da população são alguns dos fatores que têm contribuído para o aumento do número de casos de acidente vascular cerebral, conhecido como derrame, nos últimos anos, com estados mais graves e em perfis mais jovens.

“O AVC pode ser associado a outras doenças, como hipertensão, obesidade, diabetes, e também os aspectos genéticos”, afirma o Dr. Feres Chaddad, líder da neurocirurgia da Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP).

A seguir, o médico explica como identificar o AVC e o que fazer para preveni-lo. Saiba mais!

TIPOS DE AVC

O acidente vascular cerebral ocorre quando a circulação de sangue no cérebro é interrompida, causando uma paralisia. Ele pode ser dividido em dois tipos, que se dão por motivos diferentes:

As sequelas envolvem dificuldade para falar, confusão mental, paralisia facial, perda do controle de movimentos, aumento ou diminuição da sensibilidade e fraqueza muscular.

COMO IDENTIFICAR O AVC?

Os sintomas de um derrame podem ser sutis e aparecer repentinamente, porém alguns sinais podem ajudar a reconhecer a situação, por exemplo:

Continua após a publicidade

“Nessas situações, deve-se procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima da residência”, alerta o especialista.

FATORES DE RISCO DO AVC

Segundo o Dr. Feres, os fatores de risco do derrame são praticamente os mesmos que causam o infarto no coração, e estão relacionados a alterações na viscosidade do sangue que interferem na pressão sanguínea.

O médico cita a hipertensão como a principal causa, além de características manifestadas na síndrome metabólica, um conjunto de condições que combina pressão alta, quantidades elevadas de colesterol e açúcar no sangue e acúmulo de gordura ao redor da cintura.

Pessoas acima de 55 anos são mais suscetíveis a ter um AVC. Já as mulheres têm menos chances de desenvolver o problema, uma vez que o progesterona desempenha um papel protetivo sobre os vasos sanguíneos. No entanto, após a menopausa, essa proteção hormonal é perdida e o risco se torna o mesmo dos homens.

Idade, sexo e histórico familiar são marcadores que não podem ser modificados, porém é possível prevenir um AVC mantendo sob controle os outros fatores de risco. Entenda!

Continua após a publicidade

DICAS PARA PREVENIR UM AVC

1

Ter uma dieta equilibrada

Para prevenir o derrame, é fundamental ter uma alimentação saudável, priorizando o consumo de verduras, legumes, grãos e frutas, e regulando o teor de sal da comida.

O sal é um tempero que tem em sua composição o cloreto de sódio, substância associada ao aumento da pressão arterial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que é seguro ingerir até 5 gramas de sal diariamente, o que equivale a 2 gramas de sódio.

Além disso, é recomendado evitar alimentos ultraprocessados, por exemplo, bolachas, enlatados, congelados e refrigerantes, pois eles têm elevado teor de sal, alto índice glicêmico e gordura saturada, o que favorece a hipertensão, a obesidade e a diabetes tipo 2.

2

Praticar atividade física

Praticar exercícios físicos de forma regular, especialmente os aeróbicos, que aceleram a frequência cardíaca, auxilia na regulação da pressão arterial e na diminuição do colesterol, dos triglicérides e da glicose.

Movimentar o corpo também aumenta a velocidade do fluxo sanguíneo e baixa os níveis de viscosidade no sangue.

Continua após a publicidade
3

Acabar com o tabagismo e outros vícios

O tabagismo está associado ao endurecimento da parede dos vasos sanguíneos, o que colabora para o acidente vascular cerebral.

Por esse motivo, para prevenir a emergência médica, o ideal é abandonar o cigarro, inclusive evitando a exposição passiva (quando você aspira a fumaça produzida por outra pessoa que está fumando).

Não consumir álcool em excesso e outras drogas ilícitas, que desequilibram o mecanismo natural de regulação sanguínea do corpo, são outras medidas necessárias para evitar o derrame.

4

Gerenciar o estresse

O estresse é um importante fator de risco para o AVC e a pressão alta. Então, o médico recomenda adotar estratégias para lidar com as tensões do dia a dia, entre elas, yoga, mindfulness, meditação e terapia.

5

Dormir bem

Pessoas que dormem cinco horas ou menos apresentam mais riscos de terem doenças como diabetes, Parkinson e AVC, conforme estudo publicado na revista PLOS Medicine.

Continua após a publicidade

“O sono estimula o fluxo sanguíneo no cérebro e ajuda a reduzir o nível de estresse do organismo“, afirma o especialista. Vale lembrar que a média indicada para adultos é de oito horas de sono por dia.

6

Tomar cuidado com anabolizantes

Os anabolizantes são perigosos, pois podem levar a uma hipertrofia do coração e ao endurecimento das artérias, dois problemas que, isolados ou combinados, contribuem para a ocorrência de doenças cerebrovasculares.

7

Fazer checkups médicos

Os checkups médicos são indispensáveis para todas as pessoas, já que permitem a identificação precoce de eventuais disfunções no organismo, facilitando o tratamento e evitando complicações mais graves.

Chaddad destaca que a consulta com um cardiologista é particularmente importante. Isso porque esse profissional pode tratar condições como a fibrilação atrial, tipo de arritmia caracterizada por batimento do coração acelerado e descompassado, que pode produzir coágulos que, ao atingirem o cérebro, podem entupir vasos sanguíneos e resultar em um AVC isquêmico.

 

 

Publicidade
Publicidade