Como acelerar o metabolismo na menopausa? Confira 5 dicas
Ganho de peso, falta de energia e aumento da gordura localizada são algumas das consequências do metabolismo lento durante essa fase
A menopausa é definida como o momento em que a mulher experimenta sua última menstruação. Por provocar diversas mudanças hormonais, ela tem relação com o surgimento de sintomas como ondas de calor, secura vaginal, queda de cabelo, irritabilidade e problemas para dormir.
Um estudo recente, publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, mostrou que, entre a pré-menopausa e a menopausa, também ocorre a diminuição, em média de 17%, do metabolismo basal (o número de calorias que o corpo queima em repouso).
“Normalmente, a menopausa se estabelece por volta dos 45 anos de idade. No entanto, pesquisas indicam que os sinais e sintomas de diminuição hormonal e da queda metabólica começam a surgir cerca de 10 anos antes da entrada efetiva nessa fase, que é marcada pela falência ovariana“, aponta Ramiele Calmon, nutricionista especialista em saúde da mulher no climatério e menopausa.
POR QUE O METABOLISMO FICA MAIS LENTO NA MENOPAUSA?
Conforme explicado por Ramiele, diversos motivos contribuem para isso. Um dos principais é a diminuição dos níveis de progesterona e de estradiol, hormônios que desempenham um papel importante na regulação do processo metabólico.
Uma vez que os músculos tendem a queimar mais calorias em repouso em comparação à gordura corporal, a redução da massa muscular característica do período é outro aspecto que favorece uma alteração no ritmo do metabolismo.
Além disso, vale lembrar que as mudanças hormonais causam uma queda na disposição, comprometendo a prática regular de atividades físicas, que são indispensáveis para cuidar da saúde metabólica.
“Tudo isso pode também afetar negativamente o padrão de sono, resultando em uma menor produção de leptina (hormônio da saciedade) e, consequentemente, incentivando o desejo por alimentos como carboidratos e doces“, acrescenta.
COMO ACELERAR O METABOLISMO NA MENOPAUSA?
Veja o que você pode fazer no seu dia a dia para acelerar o metabolismo durante a menopausa:
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Dormir bem
Ter um sono de qualidade é fundamental para manter a saúde não apenas do organismo mas também da mente.
Enquanto dormimos, a leptina e a grelina, hormônios que controlam a fome e a saciedade, são regulados, contribuindo para que tenhamos escolhas alimentares mais equilibradas e evitando desequilíbrios no metabolismo. O período de descanso também atua na recuperação muscular e na renovação celular, influenciando positivamente no gasto calórico ao longo do dia.
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Gerenciar a ansiedade e o estresse
Esse cuidado faz toda a diferença para acelerar o metabolismo na menopausa (e em qualquer fase da vida). Isso porque, quando vivenciamos situações estressantes, acontecem diversas reações no nosso corpo que podem atrapalhar o funcionamento metabólico, entre elas, a liberação de cortisol, hormônio que, em excesso, estimula o armazenamento de gordura, especialmente na região abdominal.
Apostar em atividades ao ar livre e se expor ao sol
O contato com a natureza e o ambiente ao ar livre pode ser vantajoso para manter o metabolismo em funcionamento otimizado durante a menopausa, principalmente, porque ajuda na produção de serotonina e dopamina, dois neurotransmissores necessários para equilibrar o bem-estar mental e combater o estresse crônico.
Já a exposição solar é considerada importante por ser uma das principais maneiras pelas quais o organismo sintetiza a vitamina D, vital para a saúde óssea, o sistema imunológico e para o metabolismo.
Movimentar-se regularmente
Como as mulheres que estão passando pela menopausa são mais propensas à perda muscular, os exercícios físicos se tornam ainda mais essenciais, particularmente aqueles que trabalham a força. A Ramiele explica eles colaboram para preservar a massa magra e para a manutenção da taxa metabólica.
5Ficar de olho em possíveis deficiências nutricionais
“Durante a menopausa, muitas mulheres enfrentam deficiência nutricional, incluindo deficiência de ferro, devido a problemas no fígado. Essas deficiências impactam negativamente o fator metabólico. Portanto, é essencial ter uma atenção redobrada aos exames bioquímicos, a fim de monitorar a saúde“, aconselha Ramiele.