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Os perigos do celular à noite vão além da insônia

Biomédica alerta para problemas relacionados com luminosidade, radiação e mais

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 2 Maio 2024, 13h59 - Publicado em 1 Maio 2024, 10h00
Conheça os riscos do uso de celular antes de dormir
Conheça os riscos do uso de celular antes de dormir (Freepik/Divulgação)
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Se você costuma passar um tempo usando o celular antes de dormir, saiba que esse hábito pode prejudicar seu sono com riscos que vão além de “apenas” o surgimento da insônia.

Os motivos para noites mal dormidas podem estar relacionados a questões clínicas, problemas emocionais ou ao próprio contexto de vida. Como consequência, elas podem levar a diversos problemas de saúde como obesidade, dor de cabeça, mudanças de humor, queda da libido, disfunção erétil, queda de imunidade e até mesmo problemas cardiovasculares.

Atualmente, um dos principais fatores que levam aos problemas no sono é o uso de eletrônicos. “A luz artificial de telas de celulares, tablets, computadores e televisão atrapalha a produção de melatonina, hormônio que regula o sono”, explica a biomédica Vanessa Moreira.

Como o celular pode afetar o sono

De acordo com a profissional, os eletrônicos provocam aumento do estado de alerta e a luminosidade dificulta o início do sono. “Assim, é indicado que você se distancie do uso duas horas antes de dormir”, ela aponta.

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Além disso, novos estudos alertam para o tipo de radiação que os celulares emitem. Vanessa explica que os celulares emitem uma radiação não ionizante, ou seja, emitem ondas sem potencial energético. “Apesar da radiação ionizante mais perigosa, por estar diretamente associada ao câncer, a radiação emitida pelos celulares também afeta os tecidos biológicos do corpo através do aquecimento.”

Assim, o uso constante dos aparelhos celulares pode afetar diretamente as células do nosso corpo por efeito cumulativo. A biomédica é especialista na análise do sangue vivo e alerta que no sangue é possível ver o estresse oxidativo e o aumento no nível de inflamação do corpo devido à radiação não ionizante.

“Sintomas como dor de cabeça, irritação, mal estar e desordens hormonais que muitas vezes estão associadas a problemas de sono podem na verdade estar relacionadas ao uso de celulares”, ela alerta, ressaltando ainda o aumento do crescimento de microrganismos e da tendência à infecção, principalmente da bactéria Escherichia coli que se encontra normalmente no trato gastrointestinal.

Diante disso, a biomédica indica que, pelo menos durante a noite, os celulares fiquem longe da cama e, se possível, até mesmo fora do quarto, para que durante as 8 horas de sono o corpo tenha mais chances de se recuperar e se reequilibrar.

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