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Ansiedade pode piorar tontura e zumbido: entenda a relação

Especialista alerta que, ao notar esses sintomas, é fundamental investigá-los para descobrir a verdadeira causa. Saiba mais!

Por Juliany Rodrigues
25 jul 2024, 19h00

A ansiedade pode trazer diversos prejuízos à qualidade de vida, impactando a saúde mental, o sono e a concentração e causando até mesmo a piora de problemas de saúde, por exemplo, a tontura e o zumbido.

“As patologias psiquiátricas que mais são associadas à tontura e ao zumbido no ouvido certamente provêm da ansiedade, com diferentes transtornos, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada e Síndrome do Pânico. Além disso, a depressão também costuma ser mais prevalente nesses pacientes”, afirma a Dra. Nathália Prudencio, otorrinolaringologista especialista em tontura e zumbido.

Entretanto, não podemos afirmar que a ansiedade, isoladamente, seja o motivo desses sintomas. Por isso, ao apresentá-los, o melhor a se fazer é procurar ajuda médica para descobrir a verdadeira causa.

“As emoções são também uma expressão da nossa fisiologia e já sabemos que a sobrecarga no trabalho, nos estudos e nas relações, por exemplo, pode gerar efeitos negativos na saúde. No caso da tontura e do zumbido, precisamos identificar a real causa para tratar tontura e zumbido de maneira assertiva”, alerta.

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A Dra. Nathália explica que é uma via de mão dupla: a ansiedade pode agravar a tontura e o zumbido, ao mesmo tempo em que pessoas com esses sintomas não tratados podem apresentar um comprometimento da saúde mental.

 

 

Qual a relação da ansiedade com a tontura?

O estresse crônico, a ansiedade e a sobrecarga emocional podem servir como gatilhos ou piorar a percepção da tontura.

“Isso ocorre, principalmente, em pacientes com doenças crônicas causadoras de tontura, como a TPPP (vertigem fóbica), a enxaqueca vestibular e a doença de Ménière“, fala.

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“As alterações que observamos durante uma crise de ansiedade, como inquietação, apreensão, palpitação e respiração acelerada, são decorrentes de uma grande liberação de adrenalina no organismo. Em alguns casos, o aumento da frequência cardíaca e a hiperventilação podem diminuir o fluxo sanguíneo no cérebro e provocar tonturas ou sensação de atordoamento durante a crise“, completa a otorrinolaringologista.

Porém, segundo ela, tonturas persistentes podem indicar alguma anormalidade no sistema vestibular ou problemas hormonais e metabólicos associados.

E como a ansiedade influencia o zumbido?

A Dra. Nathália revela que o zumbido no ouvido pode contribuir para o surgimento ou a piora de transtornos do humor, por exemplo, a ansiedade e a depressão.

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Por outro lado, ela também destaca que, em períodos de maior estresse ou demanda emocional, as pessoas tendem a prestar mais atenção no som e nos seus impactos no dia a dia.

“Não os fatores emocionais que, sozinhos, desencadeiam esse quadro. Na maioria das vezes, há outros fatores envolvidos e a questão emocional acaba funcionando como um gatilho para o aparecimento do zumbido no ouvido do paciente, que já tinha outros motivos para tê-lo”.

Infecções, cerume impactado, transtornos do labirinto, disfunção da articulação temporomandibular (DTM), certos medicamentos e alterações vasculares estão entre as possíveis causas do zumbido no ouvido.

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Em situações de tensão, quem sofre com a DTM pode apresentar um aumento no apertamento dentário e contraturas musculares próximas ao ouvido, o que gera uma piora do zumbido.

“Pessoas com mordida errada, bruxismo ou que realizaram procedimentos dentários também podem ter zumbido no ouvido pelo mesmo motivo”, completa.

“Quando analisamos a relação entre zumbido no ouvido e ansiedade, o que mais nos preocupa são os impactos do sintoma na saúde mental do paciente e não o oposto. A maioria das pessoas que apresentam o zumbido tende a se habituar ao sintoma e não o percebem como um incômodo importante”, enfatiza a especialista.

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O que fazer?

Para obter um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz, a tontura e o zumbido no ouvido devem ser investigados por um médico otorrinolaringologista ou um otoneurologista.

“Existem vários tratamentos, de acordo com a causa, que podem melhorar os sintomas. No caso da ansiedade, o acompanhamento psicológico também pode ajudar e diminuir o peso desse agravante”, conclui Prudencio.

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