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Ansiedade na adolescência: saiba identificar os sintomas

Entenda o que pode ser feito para ajudar um adolescente com ansiedade

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 25 jul 2024, 13h12 - Publicado em 26 jun 2024, 18h00
ansiedade na adolescência
Especialistas revelam os sintomas mais comuns da ansiedade | (freepik/Freepik)
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A adolescência é uma fase da vida marcada por diversas mudanças físicas e psicológicas. Ela é considerada muito importante quando o assunto é o desenvolvimento pessoal e social. “Durante esse momento, surgem novas maneiras de agir, novos impulsos, novas emoções, novas amizades e novas tarefas”, afirma a Dra. Tâmara Marques Kenski, psiquiatra.

Todas essas mudanças, de acordo com a médica, acabam favorecendo o surgimento de transtornos mentais, incluindo a ansiedade.

“Na adolescência, ainda não sabemos lidar com milhões de aspectos da vida. Além disso, durante essa fase, a pressão social e os julgamentos são altíssimos: o que vamos fazer da vida, se vamos prestar vestibular, se vai virar mestre… Existem muitas dinâmicas de bullying e interações sociais que podem gerar ansiedade no adolescente”, comenta o Yuri Busin, psicólogo, mestre e doutor em Neurociência do Comportamento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie

A psiquiatra lembra que essas condições mentais não surgem em todos os adolescentes, mas é preciso estar de olho para identificar os sinais precocemente e oferecer o apoio necessário.

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O que é a ansiedade?

A ansiedade é uma reação natural dos seres humanos, no entanto, ela pode se tornar um problema quando começa a comprometer a qualidade de vida, interferindo na realização das atividades diárias.

“Ela pode ser sentida por todos e se manifesta em resposta ao medo, à preocupação ou até mesmo a algo novo que está para chegar, por exemplo, uma prova, uma viagem ou uma entrevista de emprego. Quando ocorre de maneira excessiva, provocando alterações no corpo e na mente, acaba virando uma doença, um transtorno“, explica a Dra. Tâmara.

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“Em quadros ansiosos, a pessoa sempre tem um medo muito intenso do futuro, uma preocupação excessiva e sente que tudo vai dar errado, o que causa um sofrimento mental. Muitas vezes, quando chega ao ápice, pode realmente desencadear uma crise de ansiedade ou até um pânico“, completa o psicólogo.

Quais os sinais da ansiedade na adolescência?

A ansiedade provoca alterações no humor e no comportamento do adolescente, sendo que as mais comuns são:

  • Isolamento social, evitando interações com os amigos e a família
  • Irritabilidade e tensão
  • Choros frequentes
  • Alterações no sono e no apetite
  • Tensão muscular ou outros sintomas físicos sem causa aparente
  • Pensamentos pessimistas
  • Queda no desempenho escola
  • Falta de concentração
  • Medo excessivo
  • Comportamentos agressivos e compulsivos
  • Baixa autoestima

“Esses sintomas são persistentes e não passam em pouco tempo”, ressalta Yuri.

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“Ao notar que é algo que está atrapalhando a rotina de estudos do adolescente, que ele está ficando agressivo ou evitando os pais/responsáveis, que só quer ficar no quarto e não quer sair, o ideal é procurar profissionais de saúde”, orienta Marques.

Como ajudar?

Para ajudar adolescentes com ansiedade, é fundamental buscar especialistas. “Eles são sempre os melhores para fornecer informações e entender como será feito o tratamento”, conta Busin.

Podem ser indicadas terapias e, dependendo do caso, medicações, que devem ser prescritas por um psiquiatra.

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“Na psicoterapia, o adolescente vai aprender a lidar com as situações de uma maneira diferente, contribuindo para o tratamento dos pensamentos negativos e da ansiedade“, garante Yuri.

Diante da situação, o psicólogo ressalta a importância dos pais ou responsáveis adotarem uma postura respeitosa e empática e criarem um ambiente seguro.

Não devemos massacrar o adolescente, pois ele já está sofrendo, e isso seria só mais uma cobrança. É necessário dar apoio, mostrando compreensão, sem julgamentos, levando-o a entender que você está ali para auxiliá-lo”, afirma.

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Um estilo de vida mais saudável, com prática regular de atividade física, contato com a natureza, diminuição do tempo de uso de tela, aumento do convívio social e dieta balanceada, também é essencial para aliviar a ansiedade na adolescência.

“Se não tratada, a ansiedade pode piorar, trazendo prejuízos nas funções cognitivas, comportamentais e sociais. A doença pode se agravar, evoluindo para depressão e até mesmo risco de suicídio”, conclui a Dra. Tâmara.

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