As temperaturas caíram e, agora, as queixas de dores de garganta ficam ainda mais comuns. De acordo com o Dr. Ronaldo Américo, otorrinolaringologista, no frio, diversos fatores contribuem para o surgimento desse sintoma, entre eles, o tempo prolongado em ambientes fechados, que facilita a propagação de microrganismos prejudiciais, e o ar mais seco.
“Neste período do ano, há maior circulação de vírus que ocasionam infecções do trato respiratório superior. Nos dias frios, as pessoas buscam ambientes fechados e com menor circulação de ar, favorecendo a transmissão destes patógenos”, conta ele.
O médico explica que as dores de garganta são processos inflamatórios que, na maioria das vezes, ocorrem devido à infecções virais. No entanto, a contaminação por bactérias também pode desencadear esse sintoma.
A dor de garganta pode ser de intensidade variável e vir acompanhada de outros desconfortos, por exemplo, dor muscular, dor de ouvido, obstrução nasal, febre, perda ou diminuição da força física e irritação ocular.
Américo fala que, geralmente, a presença de pus nas amígdalas indica uma infecção bacteriana, porém essa alteração também pode se manifestar em quadros virais.
“As faringites podem apresentar uma variabilidade muito grande na intensidade e duração de seus sintomas. A maior parte dos casos são autolimitados, de curta duração e apresentam resolução espontânea”, conta.
Situações mais graves podem evoluir para dor intensa, náuseas, vômitos e desidratação, necessitando da internação hospitalar para serem resolvidos.
Além disso, quando não tratadas adequadamente, as infecções virais podem acabar desencadeando uma infecção bacteriana secundária, favorecendo laringites, tonsilites agudas e sinusites.
Como aliviar a dor de garganta no frio?
Se você está procurando o que fazer para aliviar a dor de garganta no frio, saiba que existe uma série de cuidados recomendados. O médico cita os principais:
- Manter uma dieta mais leve;
- Descansar;
- Evitar o consumo de alimentos muito gelados;
- Beber bastante água;
- Apostar em chás quentes;
- Utilizar medicamentos como anti-inflamatórios e analgésicos, sempre sob a supervisão médica;
- Fazer gargarejos com remédios específicos para isso;
“Em relação aos medicamentos, o uso de anti-inflamatórios e analgésicos colabora para a diminuição da intensidade dos sintomas. Mas, caso o diagnóstico seja de uma provável infecção bacteriana, o uso de um antibiótico será requerido”, afirma.
O otorrinolaringologista ainda diz que alguns imunoestimulantes podem ser prescritos para ajudar na prevenção e no tratamento das dores de garganta, diminuindo a recorrência de infecções do trato respiratório superior.
“A intensificação dos sintomas, como aumento exagerado da dor, febre alta, intensa dor no corpo, náuseas e vômitos persistentes, falta de apetite e dificuldade para engolir são sinais de alerta para uma evolução desfavorável dessas dores de garganta. Procure atendimento médico”, conclui.
Quem se automedica corre o risco de sérias complicações à saúde.
