Famosa por eliminar os insistentes quilinhos extras, ativar o metabolismo e contribuir para a manutenção de massa magra, a dieta da proteína gera uma série de dúvidas para quem decidiu ou está pensando em seguir o método. Isso porque o cardápio é um tanto quanto restritivo e, para conseguir os resultados desejados, é preciso muita força de vontade e determinação. A seguir, a nutróloga Samantha Enande, de São Paulo, responde os principais questionamentos sobre o assunto.
1. Essa dieta funciona mesmo?
Sim, funciona. “É uma boa opção para emagrecer de forma rápida. As pessoas ainda ficam com medo, pois sabemos da existência de gordura nas proteínas de origem animal, mas não precisamos exagerar nas quantidades e você também pode optar proteínas magras (carne vermelha, peixe, frango, ovo, whey protein)”, diz.
2. Por quanto tempo posso seguir?
Depende do seu objetivo e de quanto peso precisa perder. “Geralmente, uma semana é o suficiente para quem exagerou no final do ano ou quer secar para o verão. Se o excesso de peso é um pouco mais alto, pode seguir por 14 dias”, conta. Samantha alerta que, em alguns casos, não é saudável adotá-la por mais de duas semanas, já que a falta de minerais e vitaminas pode prejudicar o bom funcionamento do organismo.
3. Quais são os alimentos liberados?
A base da dieta são as proteínas de origem animal e vegetal, mas alguns carboidratos podem ser incluídos no cardápio, como os legumes, verduras, certas frutas e também gorduras do bem (azeite). Exemplos de alimentos permitidos: carne, frango, peixe, frutos do mar, ovo, leite e queijo.
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4. “Sigo a dieta com afinco, mas ainda não vi resultados na balança. O que está acontecendo?”
Calma, tudo é uma questão de tempo. “É muito difícil não emagrecer, pois esse cardápio é bem restritivo. Mas isso não é incomum”, explica. Na verdade, de acordo com Samantha, tudo é uma questão de perspectiva. Você pode não ver resultados expressivos na balança, mas pode ter diminuído suas medidas. “Aí, é só uma questão de tempo até os resultados aparecerem. A minha sugestão é tentar controlar a ansiedade e seguir a dieta por mais uma semana”, afirma. Vale lembrar que o ideal é ter acompanhamento médico, pois só um profissional será capaz de responder a esses casos particulares e indicar a melhor solução para o seu tipo de corpo.
5. É verdade que causa prisão de ventre?
Sim. Isso ocorre devido a baixa ingestão de fibras no cardápio. Para resolver o problema, beba mais água e acrescente na dieta alimentos ricos em lactobacilos, como o iogurte.
6. Qualquer pessoa pode seguir o cardápio?
Não. Quem sofre com problema renal, alteração hepática (fígado), gestantes ou mulheres que estão amamentando, crianças e idosos e praticantes de atividade física não podem seguir esse tipo de cardápio. Pois a dieta restringe o consumo de carboidrato, o responsável por fornecer energia para o organismo, principalmente para os malhadores de plantão. “Sem essa substância ficamos fracos para treinar, com sensação de fraqueza e indisposição. A minha orientação é procurar um especialista antes de iniciar qualquer tipo de dieta”, adverte.
7. Muitas pessoas afirmam que essa é uma dieta “cara” de seguir. Existe um cardápio simples e barato?
A proteína custa mais que alguns alimentos a base de carboidratos, como a farinha e derivados. “O tradicional arroz com feijão é mais barato do que um bife, mas existem boas opções de proteína animal mais em conta, como o frango e a sardinha”, afirma.