As amígdalas, cientificamente chamadas de “Tonsilas palatinas”, são tecidos linfáticos localizados imediatamente após a base da língua, na região lateral, de forma pareada – uma de cada lado. Elas atuam no sistema imunológico, produzindo anticorpos e ativando células de defesa do nosso organismo. A indicação clássica para a cirurgia de retirada das amígdalas é a presença de amigdalites bacterianas de repetição, com pelo menos 7 episódios em 1 ano, ou 5 episódios por ano em 2 anos consecutivos, ou 3 episódios por ano em 3 anos consecutivos.
O procedimento pode ser recomendado para outros quadros também, por exemplo, em casos de ronco e apneia do sono associada a hipertrofia (aumento) no tamanho das amígdalas.
A cirurgia é realizada sob anestesia geral e dura em média de 30 a 40 minutos. Apesar de não ser um procedimento complexo, tem seus riscos, sendo o principal o risco de sangramento (durante e após a cirurgia), devido a proximidade a vasos calibrosos.
O repouso relativo é recomendado em geral por 1 semana, podendo o paciente andar normalmente, mas devendo evitar esforços, exercício físico e carregar peso. A principal restrição no pós operatório é quanto a alimentação, que nos primeiros dias deverá ser líquida e fria, evoluindo aos poucos a consistência para pastosa e a temperatura para morna e depois quente.
Dra. Larissa Fabbri Mendes, otorrinolaringologista com Título de Especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia
(ABORL). Instagram: @otorrino.infantil