O distúrbio, também chamado de síndrome de Coughlan, se caracteriza pela dificuldade (ou ausência total) recorrente ou persistente de chegar ao orgasmo durante uma relação sexual ou masturbação.
As causas da anorgasmia podem ser fisiológicas, socio e psicossociais, por exemplo, desordens psicológicas em geral, tabus atribuídos ao sexo, baixa autoestima, desconhecimento do próprio corpo, educação inadequada sobre sexo e inibição do corpo ou das preferências sexuais.
Já as causas físicas podem envolver alterações neurológicas, lesões medulares, desequilíbrio hormonal, uso de medicamentos e desequilíbrios da musculatura íntima.
Além disso, traumas relacionados ao sexo, como abuso sexual ou relações dolorosas, também podem desencadear a anorgasmia.
O tratamento pede uma reformulação de conceitos sobre o sexo e a comunicação assertiva entre um casal, além do autoconhecimento e da descoberta do próprio corpo. A fisioterapia pélvica também é interessante, uma vez que ajuda a estimular a musculatura do assoalho pélvico, fortalecendo os músculos e a sensibilidade da região genital a longo prazo.
Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexologia Clínica, membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana) e especialista em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/SC)
