A mastite pode acontecer em qualquer mulher, mas é mais comum durante a amamentação por causa de algumas condições características desse período que acabam favorecendo a inflamação da mama.
O maior problema ocorre quando o leite fica represado na mama por um período prolongado, uma vez que ele se torna um ambiente propício para a proliferação de agentes infecciosos.
O ingurgitamento mamário, conhecido como leite empedrado, é caracterizado por esse acúmulo de leite, e, nesses casos, a mama pode ficar dolorida, endurecida e avermelhada.
Além disso, a mastite durante a amamentação também é resultado de fissuras nos mamilos, que facilita a entrada de bactérias que podem estar na pele ou na boca do recém-nascido. Essas bactérias se multiplicam no leite estagnado, levando ao desenvolvimento da mastite. As fissuras, muitas vezes, são resultados de pega incorreta do bebê.
Como evitar a mastite durante a amamentação?
Para evitar a mastite durante a amamentação, é recomendado aumentar o número de mamadas, respeitando a livre demanda do bebê, justamente com o objetivo de prevenir que o leite fique acumulado.
Também é indispensável utilizar as técnicas corretas para que o peito seja esvaziado completamente após a mamada e para evitar fissuras no mamilo.
Se não houver o esvaziamento da mama, é indicado fazer ordenha de alívio, podendo ser manual ou com auxílio de extratores de leite. A higiene cuidadosa dos mamilos é fundamental.
Vale lembrar que mastites não tratadas corretamente podem evoluir para casos mais graves, com formação de abscesso na mama e necessidade de internação e drenagem. Por isso, ao notar qualquer sintoma, é muito importante procurar ajuda de um médico.
Dra. Veronica Ferraz, ginecologista e mastologista do Hospital Albert Sabin de SP (HAS)
