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Infecções virais podem fazer meu cabelo cair?

Por Larissa Serpa
22 set 2021, 13h48
Mulher de costas com cabelo cacheado e mão na cabeça
A queda capilar é um dos sintomas de algumas doenças /  (iprogressman/Thinkstock/Getty Images)
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Sim, recentemente percebemos que os pacientes infectados pelo vírus que causa a doença Covid-19 podem sofrer com queda capilar algum tempo após a cura dos sintomas. Essa manifestação é semelhante à queda capilar provocada por outras infecções, como zica, chikungunya e até a dengue, mas a queda observada na COVID-19 costuma ocorrer mais precocemente e é mais acentuada.

O vírus provoca algumas alterações provocadas pela infecção no organismo, com resposta inflamatória e isso altera o ciclo de crescimento do cabelo. Acredita-se que ele acelera o eflúvio telogeno, que é a passagem abrupta dos fios que estão na fase de crescimento para a fase de queda. Acredita-se ainda que o estresse psicológico e até alguns medicamentos usados no tratamento podem influenciar. Isso provoca uma espécie de “colapso” no nosso organismo.

A queda é observada na cabeça toda, mas ela pode exacerbar quadros pré-existentes. Por exemplo, se já existe uma alopecia androgenética, que é a calvície, esse quadro será mais acentuado e mais difícil de recuperar.

Não foi observada uma diferença entre os sexos feminino e masculino, porém, em geral, as mulheres vão perceber mais a queda e demorar mais para perceber a recuperação por causa do tamanho dos fios. Os fios novos que vão crescer demoram para alcançar o cumprimento dos outros. A queda é autolimitada e pode demorar cerca de 3 a 6 meses para recuperar os fios.

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RESPONDIDO POR:

DRA. PATRÍCIA MAFRA: Dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG), com estágio em Dermatologia pelo Grupo Santa Casa e acompanhamento do Serviço de Ginecologia e Sexologia do Hospital Mater Dei, Dra. Patrícia Mafra é expert em injetáveis e speaker em eventos nacionais e internacionais, palestrando sobre temas ligados à área de atuação. A dermatologista também foi preceptora de Medicina Estética do Instituto Superior de Medicina (ISMD). https://patriciamafra.com.br/

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