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Vitiligo: causas, tipos, sintomas, tratamentos

A doença sem causa definida pode ser classificada de diferentes modos - e exige um cuidado redobrado

Por Amanda Ventorin
27 abr 2022, 10h00

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 1% da população mundial tenha vitiligo. Trate-se de uma condição que a pessoa tem falhas na melanina, resultando em “manchas” claras na pele. Como vimos em Natalia Deodado, participante do reality show Big Brother Brasil, que foi constantemente atacada nas redes por conta da doença.

CAUSAS DO VITILIGO

“Apesar de ainda não sabermos ao certo o que leva um paciente a apresentar a doença, alguns estudos indicam que ela seja autoimune, ou seja, que o próprio organismo faz contra ele mesmo, e que leva a uma destruição do melanócito, células responsáveis pela produção da melanina, que por sua vez é responsável pela pigmentação da pele”, explica o dermatologista Emerson Henrique Padoveze.

Outra possível causa são as próprias respostas do corpo a condições emocionais, como estresse, e traumas psicológicos. “É importante ressaltar que o vitiligo não é contagioso, você não vai pegar de ninguém e não vai passar para ninguém. O estresse pode ser um fator desencadeante, mas ele não vai ocasionar o vitiligo, ou seja, ele só pode ser um gatilho para aqueles que já possuem uma tendência” esclarece o profissional.

CLASSIFICAÇÕES DO VITILIGO 

O vitiligo pode ser classificado segundo com suas propriedades físicas:

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QUAIS OS SINTOMAS DO VITILIGO?

As manchas são o primeiro (e único) sintoma que pode indicar a doença, mas o que preocupa, de fato, os dermatologistas, são as condições mentais do paciente diagnosticado com a mesma.

Para a dermatologista Flávia Villela, como a doença afeta diretamente a aparência das pessoas, é importante buscar um profissional de saúde mental, para que ele possa ser um apoio durante o tratamento, uma vez que o preconceito e a falta de informação ao redor da mesma ainda é muito comum.

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VITILIGO TEM CURA?

Emerson ressalta que não é possível prometer uma cura ao paciente, já que o vitiligo pode entrar em atividade no futuro apesar do tratamento, mesmo que ocorra a repigmentação completa do quadro. “O vitiligo é um problema inestético e o uso de protetor solar com cor é útil para camuflar a lesão, resgatando a autoestima do paciente, sem falar que protege da radiação ultravioleta cuja pele afetada é desprovida dessa função ”, explica.

TRATAMENTO

De acordo com Flávia, com o avanço da tecnologia, é possível  interromper o avanço das lesões na pele com tratamentos como laser e microagulhamentos. Segundo a especialista, “medicamentos como tacrolimo, derivados de vitamina D e corticosteroides são exemplos de medicações que ajudam no tratamento da doença. Outros métodos que possuem resultados excelentes, são as sessões de fototerapia com radiação ultravioleta.”

Outras opções de tratamento como a fototerapia com ultravioleta A (PUVA), técnicas cirúrgicas ou até mesmo transplantes de melanócitos também estão disponíveis. “É importante também que o paciente não acredite em medicamentos ou procedimentos milagrosos, como sabemos, a doença é incurável, e utilizar esses métodos podem causar frustração e agravamento da doença”, relembra a profissional.

Além disso, o uso de protetor solar é indispensável, uma vez que a pele sem coloração é uma área desprotegida, com maior potencial de queimadura, que pode levar a doenças malignas ou pré-malignas naquele local a longo prazo.

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