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Desvendando os efeitos da menopausa na pele e no cabelo

Descubra como as alterações hormonais dessa fase podem influenciar a saúde e aparência da pele e do cabelo

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 23 Maio 2024, 17h09 - Publicado em 23 Maio 2024, 14h00
como a menopausa afeta a pele e o cabelo
Entenda os impactos da menopausa na pele e no cabelo | (freepik/Freepik)
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A menopausa costuma acontecer após os 50 anos, mas pode aparecer de forma precoce em algumas pessoas que menstruam. Por envolver a queda na produção hormonal, ela pode desencadear uma série de alterações e sintomas no organismo, entre os mais conhecidos, ondas de calor, sudorese excessiva, irritabilidade e perda de massa óssea e massa magra. Mas, o que muita gente esquece é que esse período também pode afetar a saúde e a aparência da pele e do cabelo. A seguir, saiba mais sobre esses impactos.

Como a menopausa afeta a pele e o cabelo?

De acordo com o Dr. Igor Padovesi, ginecologista membro da North American Menopause Society (NAMS) e da International Menopause Society (IMS), a diminuição importante do estrogênio e da progesterona pode favorecer o afinamento da espessura da pele e a diminuição das fibras de colágeno e elastina.

“O resultado é uma pele mais fina, enrugada, ressecada e flácida“, conta a Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Pode ter aquela sensação de pele ‘esturricada’ e ‘craquelada’, completa ela.

Já nos cabelos, a redução dos níveis hormonais pode influenciar o crescimento e o ciclo do folículo piloso. “Com isso, pode haver mais queda, perda de densidade dos fios e enfraquecimento”, destaca o médico.

O ginecologista comenta que todos esses efeitos na pele e nas madeixas podem comprometer a autoestima do paciente. Segundo ele, nessa fase, acontecem diversas transformações, e é fundamental procurar ajuda médica para entender direitinho o que está acontecendo no seu corpo.

A menopausa é um processo natural e não pode ser evitada ou atrasada. “Ao notar qualquer sintoma de queda hormonal, não deixe de ir atrás de um especialista“, ressalta ele.

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“As primeiras mudanças na pele que as mulheres notam são ressecamento significativo e pele mais fina. Quando associadas a outros sintomas, essas alterações também pode ser um sinal de alerta para a perimenopausa, um período que antecede a menopausa“, fala Padovesi.

É importante lembrar que, em geral, os sintomas da menopausa começam por volta dos 47 anos de idade, mas isso depende do organismo de cada pessoa.

“Os médicos devem estar atentos aos sinais clínicos relatados pelo paciente, que são muito mais importantes do que os níveis hormonais dosados, já que esses podem variar muito na perimenopausa”, comenta o Dr. Igor.

O que fazer?

Para combater as alterações cutâneas provocadas pela menopausa, o skincare realmente pode ser útil, mas, assim como os procedimentos estéticos, geralmente tem uma eficácia limitada.

“Como esses sintomas têm causas hormonais, tratá-los sem a terapia de reposição hormonal pode ser como enxugar gelo”, opina o Dr. Igor.

Padovesi comenta que a terapia de reposição hormonal se baseia no uso de estrogênios, o que pode ser feito por diversas vias de administração, como comprimidos, géis na pele, adesivos transdérmicos e implantes.

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Por muitos anos, a terapia de reposição hormonal foi considerada maléfica e com riscos. No entanto, hoje, o ginecologista garante que esse tratamento é bastante seguro, desde que monitorado regularmente.

“É uma medida que visa manter os níveis de hormônios femininos em valores próximos aos encontrados durante a vida reprodutiva”, aponta o Dr. Igor.

Pomerantzeff diz que a reposição hormonal, além de melhorar a pele e a queda de cabelo, diminui a intensidade de outros desconfortos como fogachos e insônia.

“A diminuição do estrógeno prejudica a função de barreira da pele (por passar a produzir menos sebo e ficar mais fina), diminui a função antioxidante, e também diminui a produção de fibras de elastina e colágeno. Precisamos ‘consertar’ todas essas falhas na pele da mulher na menopausa: hidratar muito bem, usar fotoproteção diariamente, usar antioxidantes, e apostar nos procedimentos que estimulam a produção de novas fibras de colágeno, como os bioestimuladores injetáveis e o ultrassom microfocado”, finaliza a dermatologista.

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