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Não, você não precisa proteger a pele da luz azul de noite

A luz dos aparelhos não é suficiente para causar envelhecimento, mas pode desregular seu ciclo circadiano

Por Amanda Ventorin
Atualizado em 6 abr 2022, 20h51 - Publicado em 21 mar 2022, 10h00
mulher usando celular e fone de ouvido
 (ANTONI SHKRABA/Pexels)
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A luz azul está em todo lugar. Apesar da principal fonte dela ser o sol, ela também é emitida por smartphones, tablets e computadores — itens praticamente indispensáveis atualmente. Mas será que realmente devemos usar protetor contra essa luz mesmo de noite, se formos ficar no computador?

Conversamos com dermatologistas para esclarecer. Mas, antes, vamos entender como a luz azul afeta o organismo.

COMO A LUZ AZUL NOS AFETA

  • efeitos na pele

“A luz azul é capaz de penetrar até a derme, promovendo a oxidação das fibras de colágeno e elastina, contribuindo para os sinais de envelhecimento precoce, estimulando os melanócitos e possibilitando o aparecimento de manchas” comenta a dermatologista Meire Gonzaga. Segundo estudo do Instituto de Química da USP, a luz visível com radiação UVA, aumenta a lipofuscina, pigmento de envelhecimento, e atinge a derme, interferindo de forma direta no colágeno, contribuindo para aparecimento de linhas de expressão e rugas.

  • efeitos no cérebro

A luz azul também é capaz de mexer o sistema hormonal. “O excesso delas durante a noite pode danificar nossos tecidos, causando uma bagunça do sistema hormonal, deixando de produzir adequadamente hormônios e neurotransmissores que seriam importantes durante o dia ou durante a noite. O que pode vir a facilitar distúrbios relacionados como o melasma, ansiedade e insônia” compartilha a dermatologista Vanessa Perusso.

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Por outro lado, se nos expormos a ela durante o dia, isso ajuda a regular o ciclo circadiano e melhora o humor, memória e ação cognitiva, explica Meire.

POR QUE SEU CELULAR E COMPUTADOR NÃO SÃO O PROBLEMA

Apesar de muito se falar da luz azul que emana dos aparelhos eletrônicos, ela não é a grande vilã. De acordo com a dermatologista Paulina Kede a luz visível natural (do sol) é bem problemática por estar em muita quantidade durante o dia. Já, as artificiais (proveniente de computadores, tablets, celulares) não emitem tanta radiação. Na verdade, em termos de danos à pele, 8 horas em frente ao computador equivalem a apenas 20 segundos embaixo do sol.

O que isso significa na prática é que: não, você não vai envelhecer mais cedo porque não está usando protetor solar de noite para ficar no computador. Se você passa o protetor durante o dia, para se proteger do sol, você já está se protegendo da exposição às telas suficientemente.

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Porém, os efeitos no cérebro são mais preocupantes e a exposição a telas durante a noite pode, sim, atrapalhar sua produção hormonal afetando até mesmo seu sono. Indiretamente, isso é o que vai causar danos a sua pele, já que não dormir bem acelera o envelhecimento da pele.

Para se proteger da luz azul, siga as dicas abaixo:

COMO SE PROTEGER DA LUZ AZUL

  • Use protetor solar com cor durante o dia

Meire recomenda o uso de protetores solares com cor, pois o pigmento atua como uma barreira, diminuindo a penetração dos raios na pele.

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  • Aposte em ativos que bloqueiam a luz azul de dia

“O que sugiro para as minhas pacientes que estão em home office é que usem produtos que tenham ativos para criar uma barreira dessa radiação, com proteção máxima” comenta Paulina.

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  • Diminua o brilho dos aparelhos de noite

Assim, você estará se expondo menos a luz artificial. Além disso, é interessante desligar os aparelhos eletrônicos 1 hora antes de dormir – por ser responsável por regular o ciclo circadiano,  você estaria evitando problemas como melasma, ansiedade, insônia.

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