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Estria: os tratamentos para fazer na clínica e em casa

Não é fácil, sabemos, mas é possível, sim, tratá-las. Conheça os métodos e os ativos que quase apagam as estrias recentes e melhoram bem o aspecto das antigas.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 06h17 - Publicado em 17 jul 2014, 22h00
Olga Penteado - Edição: MdeMulher
Olga Penteado - Edição: MdeMulher (/)
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Parece inacreditável, mas dá, sim, para desaparecer com as estrias
Foto: Mari Queiroz

No ranking dos problemas de beleza que atormentam as mulheres, as estrias estão entre as primeiras colocadas. Não é à toa: as listras marcam a pele como uma cicatriz e atrapalham o visual e a autoestima de quem sofre com elas. Qualquer distensão maior da pele – na fase de crescimento, gravidez ou ganho de peso muito rápido – pode provocá-las. “Elas surgem quando há a ruptura das fibras de colágeno e elastina localizadas na derme (camada mais profunda da pele), que são responsáveis pela elasticidade dela”, explica Marcia Pontes, dermatologista do Rio de Janeiro. “Hoje, também é frequente o aparecimento após a colocação de próteses de silicone nos seios por causa da distensão dos tecidos de forma abrupta”, complementa Claudia Magalhães, dermatologista do Recife.
 
 

Por que eu?

As estrias são mais comuns nas mulheres, principalmente nas coxas, nos glúteos, no abdômen e nos seios, mas aparecem também em homens que fazem musculação excessiva ou abusam de anabolizantes. “Fatores genéticos certamente podem desempenhar um papel, embora isso não seja totalmente compreendido”, fala Paulo Barbosa, dermatologista, de Salvador. “Portanto, se você tem casos de estrias na família, deve tomar cuidado desde jovem, evitando, por exemplo, o efeito ioiô. E evitar o ganho de peso excessivo na gravidez”, alerta Marcia Pontes. Investir diariamente na hidratação, que preserva a saúde e a elasticidade da pele, é a principal medida preventiva.
 
Inicialmente, as lesões são avermelhadas ou róseas, evoluindo, mais tarde, para uma tonalidade esbranquiçada. “As vermelhas, mais recentes, ainda não estão totalmente consolidadas, por isso, respondem bem aos procedimentos dermatológicos”, fala Érica Monteiro, dermatologista de São Paulo, colaboradora da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp). “Já as estrias brancas são como cicatrizes, ou seja, todo o processo inflamatório foi finalizado”, explica Marcia Pontes. “Quanto antes for iniciado o tratamento, melhor. Ele é mais rápido e eficiente no caso das estrias novas e mais complexo e menos positivo para as estrias antigas”, diz Adilson Costa, dermatologista de São Paulo, chefedo Serviço de Dermatologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas). “Nunca falamos em cura, apesar de algumas mulheres apresentarem uma recuperação significativa”, acrescenta Paulo Barbosa. Conclusão: se você se esconde por causa das estrias, vale a pena, sim, investir em tratamentos estéticos. E o inverno é o período certo para isso. Vamos lá: BOA FORMA fez uma pesquisa detalhada para ajudar você.
 
 

Quando a plástica é a solução?

Para quem tem muitas estrias antigas na barriga, fruto de uma ou mais gestações, associadas a um excesso de pele, a abdominoplastia pode resolver o problema. “Se a paciente tiver flacidez na pele do abdômen e se as estrias estiverem localizadas abaixo do umbigo, todas serão removidas”, fala Marcia Pontes. “Mas, se estiverem concentradas acima dele, sairão parcialmente.” Segundo ela, mulheres com estrias nos seios e flacidez das mamastambém se beneficiam com a cirurgia plástica. “A colocação da prótese adequada promove um estiramento da pele, fazendo com que as estrias fiquem menos visíveis.” A solução vale apenas para as mulheres que não pretendem mais engravidar. “Caso contrário, o problema pode voltar novamente”, complementa Érica Monteiro.
 
 

Os melhores tratamentos para estria nos consultórios

Laser fracionado (para estrias novas e antigas)
A energia de lasers fracionados, como o CO2 e o Erbium, aquece a área e promove um dano controlado na epiderme e na derme com o objetivo de estimular a produção do colágeno. “A pele é renovada e há uma boa melhora na estrias que ficam menos evidentes e mais uniformes, tanto no aspecto como na coloração”, diz Paulo Barbosa. É necessária cautela no tratamento da pele morena ou bronzeada, pois há risco de manchar. São indicadas de três a oito sessões, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 30 a 45 dias entre elas.
 
Radiofrequência e infravermelho (para estrias novas e antigas)
Esses equipamentos não causam danos à epiderme, pois aquecem somente a camada superficial, estimulando o colágeno. “Além das estrias, eles garantem bom resultado na flacidez. Por isso, são especialmente recomendados para o os melhores tratamentos nos consultórios beleza tratamento do abdômen depois da gestação”, diz Paulo Barbosa. São indicadas de oito a dez sessões, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 21 dias entre elas.
 
Peeling químico (para estrias novas e antigas)
Ácidos como retinoico, lático, tricloroacético, salicílico e glicólico promovem a esfoliação química da pele. “Há a renovação celular e a formação de novas fibras de colágeno na área das estrias”, fala Claudia Magalhães. São indicadas de cinco a oito sessões, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 15 a 30 dias entre elas.
 
Microdermoabrasão (para estrias novas e antigas)
Também conhecido como peeling de cristal ou de diamante, é um tipo de peeling mecânico, que faz, por meio do atrito de microcristais ou de lixa com diamantes, uma esfoliação na pele de intensidade de suave a forte. Aplicado sobre as estrias, promove a renovação da pele e estimula a produção de colágeno na área tratada. São indicadas de cinco a oito sessões, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 15 a 30 dias entre elas.
 
Preenchimento com ácido hialurônico (para estrias antigas)
“O produto é injetado nas depressões, preenchendo-as e nivelando a pele”, explica Érica Monteiro. E acrescenta: “Além desse benefício, o ácido hialurônico estimula a produção de colágeno, deixando a pele ainda mais uniforme e firme”. São indicadas de três a cinco sessões, dependendo da quantidade de estrias, com intervalo de 30 dias entre elas.
 
Divulsão dérmica (para estrias antigas)
Segundo Érica Monteiro, esse procedimento cirúrgico é o último recurso para as estrias mais velhas, largas e profundas. “Aplicamos anestesia no local e provocamos, com uma agulha especial, rupturas no interior da derme, onde se localiza a estria. A agressão provoca um hematoma que acaba estimulando o aparecimento de colágeno novo”, explica. Cada estria é tratada individualmente, o que pode deixar o método bastante demorado e dolorido. São indicadas uma ou duas sessões por estria, com intervalo de 60 dias entre elas.
 
 

Manutenção de estrias em casa com creme

Seja qual for o tratamento escolhido, é fundamental aplicar, diariamente, cremes com ativos que ajudam a acelerar a recuperação da pele, além de contribuírem para a prevenção. Eles podem ser usados em conjunto, no mesmo creme, ou de modo alternado e devem ser associados a substâncias hidratantes, fundamentais para evitar o aparecimento de novas estrias. Veja os principais.
 
Ácido retinoico 
“Tanto para as estrias novas como para as antigas, é o ativo mais eficaz”, diz Claudia Magalhães. Érica Monteiro concorda: “Diversas publicações científicas comprovam que o retinoico promove a renovação celular e estimula a produção de colágeno”. É o mesmo ácido usado em peelings, mas em concentração muitíssimo menor. Mesmo assim, pode causar irritação em pele sensível. Tomar sol nem pensar, pois há o risco de manchar a pele.
 
Vitamina C
É mais suave do que o retinoico, mas também contribui para a produção de colágeno, só que com menos intensidade.
 
Ácidos glicólico e salicílico
Esfoliam a pele, estimulando a renovação celular e a penetração de outros ativos, como o ácido retinoico e a vitamina C.
 
SCA
É a sigla para Secreção do Cryptomphalus Aspersa, um pequeno caracol terrestre – aparece nos rótulos como baba de caracol. Esse princípio ativo foi usado na recuperação das vítimas de queimadura do desastre nuclear de Chernobyl. Depois, passou a ser sintetizado artificialmente e empregado no tratamento de cicatrizes e estrias. “Atua como regenerador da pele, mas é menos eficiente do que o ácido retinoico e a vitamina C”, diz Érica Monteiro. Paulo Barbosa tem opinião semelhante. “Pode ser um bom coadjuvante. Costumo indicá-lo para o uso diurno.” Já Adilson ressalta a necessidade de mais pesquisas.
 
Ativos hidratantes
“São fundamentais, não só na prevenção como também na manutenção do tratamento. Sem hidratação, não há método que funcione”, diz Érica. Destaque para a vitamina C, a vitamina E, o D-pantenol, o ácido lático, o ácido hialurônico, o retinol, o óleo de semente de uva e o de rosa mosqueta.