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Anitta usa creme facial feito com próprio sangue para cuidar da pele

Médicos advertem que cosméticos desenvolvidos com sangue não possuem embasamento científico adequado

Por Juliany Rodrigues
7 jun 2023, 17h58
Anitta
 (Instagram @qgdaanitta/Reprodução)
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Na terça-feira, 6 de junho, a cantora Anitta apareceu nas redes sociais para compartilhar um pouco sobre a sua rotina de cuidados com a pele.

“Joguei no Google ‘coisas que são tendências na internet’ para descobrir o que vocês estão afim de me ver fazendo aqui. E descobri que a moda é ficar fazendo skincare“, iniciou ela, nos Stories do seu perfil no Instagram destinado exclusivamente aos fãs brasileiros (@qgdaanitta).

Em seguida, lavando o rosto, a artista relatou que sua pele é oleosa e tem tendência à acne e que, por esse motivo, sempre prioriza o uso de sabonetes específicos para essas condições. Entretanto, de acordo com ela, o que realmente a ajudou a solucionar as espinhas foi outro produto.

Eu estava cheia de espinhas, aí me levaram em uma médica lá em São Paulo que faz um tônico manipulado, e isso que acabou com as minhas espinhas. Nesse tônico, ela manipula alguns ativos recomendados para quem sofre com esse problema, e é ele que faz a diferença na minha pele, porque foi feito especialmente para mim”, completou.

Após terminar esses dois passos do skincare, Anitta mostrou aos seguidores o inusitado creme feito à base do seu próprio sangue, contando que o adquiriu nos Estados Unidos.

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“Agora, eu venho com o creme que tem o meu sangue, que a moça lá de Miami fez para mim. Ela tira o sangue, passa em uma máquina, tira só o plasma e faz um produto com isso. Esse creminho fica na geladeira, porque fora estraga e fica com um cheirinho que não é legal”.

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Segundo o Dr. Igor Manhães, dermatologista da clínica Les Peaux, as conclusões a respeito dos produtos de skincare com sangue são bastante controversas. “É um assunto que não é muito difundido, justamente por ainda não ter sido profundamente estudado. Então, a apresentação tópica pode não apresentar resultado nenhum”

Devido à falta de fundamentação científica e de consistência de resultados, a Dra. Fernanda Nichelle, médica pós-graduada em dermatologia, afirma que a utilização de sangue – também conhecido como Plasma Rico em Plaquetas – para finalidades estéticas é proibida no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

“Porém, em países no exterior isso é comum. Eles retiram o sangue do paciente, fazem a separação das plaquetas dos glóbulos vermelhos e, algumas vezes, injetam no rosto do paciente ou no couro cabeludo“, destaca a profissional

Por fim, o Dr. Igor faz um alerta para as pessoas que se interessaram pela técnica. “Minha recomendação é, antes de tudo, aguardar estudos que comprovem a eficácia do uso tópico do PRP, porque se trata de algo que envolve uma formulação de alto custo e um complexo processamento”.

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