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Alopecia androgenética: o que é a doença revelada por Deborah Secco?

Entenda o que pode ser feito para lidar com o problema, que provoca a perda e o afinamento dos fios de cabelo e não tem cura

Por Juliany Rodrigues
16 jun 2023, 14h00
Deborah Secco
 (Instagram @dedesecco/Reprodução)
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Durante uma entrevista à Rede TV!, a Deborah Secco compartilhou que recebeu um diagnóstico sem cura: alopecia androgenética. “Eu tenho muito pouco cabelo desde sempre. Tenho alopecia androgenética e, por conta disso, tenho fios bem fininhos, parecendo de bebê mesmo. Mas não é só eu, a minha família inteira tem a doença”, relatou a atriz.

Segundo a médica dermatologista Dra. Lilian Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o problema, caracterizado por provocar o afinamento e a queda dos cabelos, atinge tanto mulheres quanto homens e pode impactar profundamente na autoestima dos indivíduos afetados.

Cabelos fininhos como de bebê, couro cabeludos à mostra, algumas falhas, entradas nas laterais, fios mais claros que o normal, quantidade de cabelos da nuca é muito maior que a do topo da cabeça e queda de fios. São essas as queixas carregadas de angústia e medo que escuto dos pacientes diariamente em meu consultório. São muitas as causas de rarefação capilar, porém, a causa mais comum é a alopecia androgenética, nome científico da calvície feminina e masculina”, diz a especialista.

TRATAMENTO

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Como a alopecia androgenética é uma doença sem cura, é essencial começar o tratamento o mais rápido possível, a fim de controlá-la e de minimizar a perda de cabelo.

Uma das estratégias mais utilizadas para isso é a cirurgia de transplante capilar, procedimento que consiste na retirada de unidades foliculares (raízes dos fios) do paciente de uma região para serem transplantadas em outras. Pode ser realizada por meio de duas técnicas: FUE (Extração de Unidade Folicular, em inglês) e FUT (sigla em inglês para Transplante de Unidade Folicular).

“A diferença entre as técnicas está na forma como as unidades foliculares são coletadas. Na FUE, as unidades foliculares são extraídas individualmente por meio de micro incisões, enquanto na FUT é retirada uma faixa de pele da área doadora, geralmente das regiões laterais e posterior da cabeça”, diz o Dr. Diogo Coimbra, cirurgião plástico especialista em transplante capilar e membro da Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS).

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O médico ainda detalha que, apesar de ambas serem excelentes, a primeira técnica tem uma grande vantagem em relação a outra, pois deixa cicatrizes praticamente imperceptíveis, ao contrário da FUT, que causa uma cicatriz linear.

“Como em praticamente toda Medicina, as técnicas de transplante capilar têm suas indicações e contraindicações e devem ser escolhidas de acordo com as características e necessidades do paciente. Além disso, as técnicas podem ser associadas dependendo do caso”, ressalta ele.

Dados do Censo de 2022 da International Society of Hair Restoration Surgery mostram que a busca pelo transplante cresceu 152% em 10 anos, especialmente entre os homens com mais de 35 anos.

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“Além disso, também ajuda a restaurar e/ou aumentar a densidade capilar de outras áreas, como barba e sobrancelhas, para reduzir o tamanho da testa ou mesmo para reparar sequelas de procedimentos prévios, como cicatrizes de lifting facial ou resultados insatisfatórios de outros transplantes capilares”, acrescenta o Dr. Diogo Coimbra, cirurgião plástico especialista em transplante capilar e membro da Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS).

A BAPS garante que os resultados do transplante capilar são extremamente naturais, desde que a técnica seja feita por um profissional certificado e experiente.

“Após o transplante, que é realizado folículo a folículo seguindo a angulação e a distribuição natural dos fios, os cabelos crescem com a mesma cor, textura e velocidade de crescimento da área em que foram retirados. Não há risco de rejeição, pois as unidades foliculares utilizadas são do próprio paciente, e os resultados são permanentes, visto que o procedimento é feito com unidades foliculares que não possuem a genética da calvície”, fala o Dr. Diogo Coimbra.

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Após a cirurgia, é normal que os fios transplantados caiam, porém não é preciso acender um sinal de alerta por causa disso. Isso porque, após cerca de três ou quatro meses do procedimento, eles voltam a crescer de maneira definitiva. O resultado final será obtido um ano após o transplante.

Em relação ao pós-operatório, vale lembrar que, geralmente, é um processo tranquilo e sem dor. O Dr. Diogo Coimbra destaca que, nesse período, alguns cuidados devem ser tomados, entre eles, evitar a exposição direta ao sol e o atrito na região operada. Em grande parte dos casos, o paciente volta à maioria das suas atividades rotineira após dois dias.

Para que o procedimento e a técnica sejam indicados de forma assertiva, é necessário que o paciente tenha um diálogo profundo com o médico, expondo todas as suas expectativas e queixas.

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Considerando que a calvície não tem cura, mas pode ser controlada, é de extrema importância que os pacientes realizem o tratamento clínico para calvície em paralelo ao transplante capilar para evitar que a calvície continue a evoluir nos fios não transplantados. Mesmo em casos de calvícies ainda em estágios iniciais, quando o transplante pode ainda não ser indicado, é importante que o paciente já inicie o tratamento clínico, visando conter o avanço da calvície”, afirma o Dr. Diogo Coimbra.

Outras medidas também podem ser úteis para lidar com a alopecia androgenética. Algumas delas são: uso de medicamentos tópicos, adoção de um estilo de vida saudável e suplementos nutricionais.

O QUE FAZER SE ESTIVER SOFRENDO COM A CALVÍCIE?

A BAPS enfatiza que o mais importante é buscar um médico experiente, já que ele conseguirá determinar o diagnóstico correto e, dessa forma, avaliar o que é melhor para o seu caso. Na dúvida, verifique se o profissional em RQE, que é o registro de qualificação de especialidade, e procure por outras pessoas que já tenham se consultado com ele.

 

 

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