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Acne depois dos 25 anos?

Mesmo quem não teve acne durante a adolescência não está livre dela para sempre. Por isso, nós explicamos os motivos e como tratá-la!

Por Da Redação
Atualizado em 26 abr 2024, 10h20 - Publicado em 20 jul 2014, 22h00
Mulher usa o espelho para espremer cravo ou espinha.
Espremer e escolher os cosméticos sem consultar um médico pioram a acne /  (GPoint Studio/Thinkstock/Getty Images)
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Se até pouco tempo atrás a acne era um quadro típico das adolescentes (e todas estávamos livres do problema após passarmos dessa fase), hoje é cada vez mais frequente nos depararmos com os inconvenientes cravos e espinhas após os 25, 30, 35 anos… Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em parceria com o laboratório Theraskin mostrou que a acne é o maior problema que leva as mulheres ao consultório médico.

E, veja só: a média de idade aponta para os 26 anos, fase na qual a preocupação deveria ser outra – com a prevenção do envelhecimento precoce, por exemplo. A Avon reitera esses dados, pois também concluiu, segundo pesquisa, que 57% das brasileiras, com idade até 39 anos, citam a acne, o excesso de oleosidade e as marcas de cravos e espinhas como seus problemas de beleza mais comuns. Afinal, o que está acontecendo? O que está levando a esse “surto tardio”? Nós descobrimos quatro vilões. Quer saber quais são? Acompanhe!

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Vilão 1: uso inadequado de cosméticos

“Muitas vezes, sob o apelo dos anúncios, a mulher adota produtos com excesso de óleo na formulação, que, numa pele ainda jovem, podem acabar levando ao aparecimento da acne adulta”, explica a dermatologista Shirlei Borelli, de São Paulo. “Mas será que aquele potinho cheio de glamour é realmente indicado para quem o está comprando?”, fala Paula Cabral, dermatologista e nutróloga da Clínica Hagla, no Rio de Janeiro. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a maioria das pessoas não sabe especifi car o tipo de pele que tem (seca, mista, oleosa, com tendência à acne ou sensível).

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“A textura é tão importante quanto o princípio ativo da fórmula”, avisa Shirlei. Entretanto, geralmente, pele oleosa se dá bem com formulações em gel e o tipo misto com sérum ou loção. Esse cuidado também pode ser aplicado na escolha da maquiagem, como corretivo e base. “É fundamental optar por produtos oilfree (veja no rótulo). No caso do corretivo, ele pode conter também enxofre e ácido salicílico, substâncias que secam eventuais espinhas ao mesmo tempo que as disfarçam”, sugere Shirlei. Nos produtos manipulados, os ácidos azeláico, mandélico, salicílico, além do asebiol, do peróxido de benzoíla e da resorcina, controlam a oleosidade. Converse com o seu médico.

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Vilão 2: estresse sem controle

Além de problemas hormonais, como a síndrome do ovário policístico (que desequilibra os hormônios femininos), a acne tardia também pode ser desencadeada ou agravada por culpa do stress – em meio à desordem hormonal que ele provoca, há um aumento de cortisol, que acelera a fabricação de óleo pelas glândulas sebáceas e ainda modifica sua consistência, agravando o problema. “Algumas mulheres, sob tensão intensa, ainda têm mania de cutucar o rosto, piorando as lesões”, conta Otávio Macedo, médico dermatologista de São Paulo e autor do livro Acne Tem Cura (Editora Globo).

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Uma boa maneira de lidar com a ansiedade é praticar atividade física, pois ela equilibra a produção de todos os hormônios e também secreta endorfina, responsável pelo humor. De acordo com o ortopedista Ricardo Munir Nahas, diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, as atividades aeróbicas são as mais recomendadas (caminhar, correr, nadar, pedalar ou fazer transport). “Mas é preciso praticar o exercício com regularidade, no mínimo três vezes por semana, de 30 a 40 minutos”, diz o médico. Se a academia não for a sua praia, tente a ioga ou então terapias alternativas, como os florais e a meditação.

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Vilão 3: alimentação desequilibrada

Estudos recentes têm mostrado uma ligação cada vez mais estreita entre dieta e o aparecimento da acne. Isso se confirma em pesquisa realizada pela Universidade de Melbourne, na Austrália, que apontou o consumo de alimentos de alto índice glicêmico como desencadeadores de lesões acneicas. Um outro estudo feito na Universidade de Oslo, na Noruega, confirma essa conclusão. Alimentos ricos em açúcares, gorduras e sódio podem, sim, ser o gatilho para ter espinhas. Isso ocorre porque o excesso de glicose proveniente deles desequilibra a produção de insulina, que, por sua vez, causa uma inflamação celular que aumenta a produção de sebo pelas glândulas sebáceas.

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“Além disso, o excesso de açúcar desencadeia a produção de outros hormônios, como o andrógeno, um dos causadores da acne”, explica a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, em São Paulo. E tem mais: o consumo de hormônios via produtos de origem animal, como leite e carne, principalmente a do frango, também pode provocar mais oleosidade. Por isso, dê preferência aos orgânicos e opte pelas versões integrais de arroz, pão e massa – que reduzem o índice glicêmico. A seguir, alguns alimentos para você incluir no seu cardápio:

Abobrinha, cenoura, batata-doce e damasco: fontes de betacaroteno, podem desacelerar a atividade das glândulas sebáceas.

Abacate, banana, batata, salmão: têm vitamina B6, que ajuda a regular os hormônios que causam as espinhas.

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Noz, azeite, linhaça, castanha: ricos em ácidos graxos essenciais, inibem a inflamação e, consequentemente, o excesso de oleosidade e as lesões acneicas.

Peru, tofu, ostra: contêm zinco, mineral capaz de fortalecer o sistema imunológico, reduzir inflamações e promover a regeneração do tecido cutâneo.

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Vilão 4: vestígios de maquiagem e de poluição

A menos que você more numa reserva ecológica, difícil dizer que a sua pele não sofre com os danos da poluição. “Existem substâncias prejudiciais no ar que podem obstruir os poros. Assim, priorizar a limpeza é fundamental!”, diz Shirlei Borelli. A recomendação vale mais ainda para as mulheres que não saem de casa sem pó ou base. A higiene diária deve ser feita com produtos capazes de remover a oleosidade na medida certa – sem causar ressecamento (aquela sensação de pele repuxada).

Por isso, duas vezes ao dia, opte por um sabonete facial (deixe o do corpo para o corpo!) contendo ácido salicílico, enxofre ou peróxido de benzoíla. Evite também espremer cravos e espinhas, pois o contato da secreção contaminada com outra área da pele pode provocar mais lesões, além de causar cicatrizes. Faça uma esfoliação leve, uma a duas vezes por semana, com um produto pouco abrasivo (que não causa o lixamento da pele, pois isso pode deixá-la mais sensível, irritada e até manchada). Uma vez por mês, invista numa limpeza com esteticista para remoção dos cravos e espinhas que ainda não apontaram. Eles podem evoluir e provocar acne inflamatória, agravando o quadro.

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