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Preenchimento com ácido hialurônico X Botox: quais são as diferenças?

Dermatologista esclarece as principais características e informações sobre cada procedimento

Por Juliany Rodrigues
29 nov 2022, 10h33
Mulher fazendo botox na testa
 (Gustavo Fring/Pexels)
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A cada ano, novos procedimentos dermatológicos surgem com o objetivo de beneficiar mulheres e homens que querem cuidar da pele e do corpo com a intenção de manter a saúde e melhorar a qualidade de vida.

O mercado brasileiro de estética mostrava um potencial de crescimento mesmo antes da pandemia da Covid-19, sendo que, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria e Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), representava 567% de ascensão entre 2014 e 2019.

Além de ser influenciada pela idade, a saúde da pele também está diretamente ligada a outros fatores, como a exposição solar, a poluição, os hábitos alimentares e as características de cada pele.

“Ainda que existam procedimentos estéticos indicados para cada faixa etária e propósito, a autoestima e o bem-estar não tem idade. O importante é contar com o acompanhamento de um profissional especializado e de confiança, visto que os tratamentos estéticos estão ligados diretamente à saúde”, afirma Fayruss Costa, dermatologista e sócia-fundadora da PELE face, clínica dermatológica de conceito inovador, juntamente à João Appolinário presidente e fundador da Polishop, e Fernando Costa, do Grupo PELE.

O Botox e o preenchimento com ácido hialurônico são exemplos dos vários procedimentos dermatológicos que vêm conquistando pessoas de diferentes idades, pois são eficazes na prevenção dos sinais de envelhecimento, no tratamento de rugas e linhas de expressão e no preenchimento das olheiras e dos lábios.

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É fundamental alertar que ambos possuem propósitos diferentes. A toxina botulínica, princípio ativo do Botox, é derivada de uma bactéria que tem ação direta na musculatura. A aplicação é indicada para diminuir a contração exagerada da musculatura da face, podendo ser aplicada na testa, região periocular, os terríveis ‘pés de galinha’ e na glabela, região entre as sobrancelhas”, destaca Fayruss.

O ácido hialurônico é considerado um ativo biocompatível em razão do fato de ser um componente natural produzido pelo organismo. A dermatologista destaca que essa característica faz com que o componente se adapte bem à pele.

“Ainda que ele seja fornecido naturalmente pelo corpo, a produção e a concentração do ácido hialurônico diminuem com a idade, por isso, a manutenção regular se faz necessária”, diz Fayruss.

A sócia da PELE também explica que a ação do botox e do preenchimento com ácido hialurônico são complementares no tratamento de rejuvenescimento.

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Para esclarecer as principais dúvidas a respeito dos dois procedimentos, a Dra. Fayruss Costa lista informações e orientações das intervenções dermatológicas.

Benefícios

Mulher se olhando em espelho redondo
(Anna Shvets/Pexels)

O ácido hialurônico atua no tratamento de linhas de expressões e depressões que surgem por causa do processo de envelhecimento. Porém, esse ativo também promove a hidratação da pele e auxilia na sustentação e no contorno facial.

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“O papel deste ácido é importante, pela capacidade de reter água e manter hidratada as diferentes camadas da cútis. Além disso, auxilia na reparação e crescimento das células da pele”, conta a médica.

Além de poder aplicá-lo de forma preventiva ou reparativa, o botox conta com benefícios relacionados com a suavização e a prevenção das rugas. “Ele também exerce papel não estético, sendo bastante utilizado no tratamento para o controle de sudorese excessiva”, acrescenta.

Métodos de aplicação

A aplicação do ácido hialurônico pode acontecer a partir do uso de pequenas agulhas ou cânulas, uma espécie de tubo que se assemelha à agulha, mas não perfura a pele. Já no caso do botox, também há o uso de agulhas finas que concentram pequenas quantidades de toxina nas áreas da face.

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“O método de aplicação de ambos os procedimentos é, praticamente, indolor e, normalmente, são utilizados anestésicos locais, para que o processo seja mais confortável para os pacientes”, pontua Costa.

Tempo de manutenção

Segundo a dermatologista, o tempo de durabilidade da toxina botulínica varia de acordo com o tipo de pele e a região da aplicação. Porém, em média, dura de três a cinco meses.

“Costumo dizer aos meus pacientes que é necessário realizar o procedimento de duas a três vezes no ano, em média, para entender a resposta que cada organismo. Mas, normalmente, quando as rugas começam a reaparecer é o momento certo para reaplicar”, indica.

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O ácido hialurônico possui uma durabilidade mais longa, podendo atingir um ano. No entanto, a médica enfatiza que a durabilidade desse ativo também depende da região aplicada. “Por exemplo, o lábio é uma região de muita mobilidade, podendo durar menos tempo quando comparado às olheiras, que podem prolongar o resultado por cerca de um ano e dois meses”, diz.

Contraindicações e riscos

Mulher grávida com as mãos na barriga
(Leah Kelley/Pexels)

Para fazer o botox ou o preenchimento com ácido hialurônico, é fundamental passar por uma avaliação antes, durante e após a realização das intervenções dermatológicas. A escolha do profissional também é relevante, pois ele deve ser habilitado com formação na parte estética, como médicos dermatologistas, cirurgiões plásticos e esteticistas.

Fayruss alerta que há contraindicações do ácido hialurônico e do botox para gestantes e pacientes que fazem tratamento de doenças graves ou que tenham lesões na pele onde o procedimento seria realizado.

“Os dois procedimentos podem ser aplicados em qualquer tipo de pele ou fototipo, ou seja, qualquer tonalidade de pele e em todas as idades. Porém, é fundamental enfatizar que, quando se tratarem de regiões sensíveis, como a pele do rosto, o profissional deve se atentar aos cuidados na aplicação e ao longo do tratamento”, conclui.

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