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Qual adoçante escolher? 7 respostas para saber qual é o ideal para você

Especialista explica como diferenciar cada tipo de adoçante e escolher qual é o mais indicado para você. Confira!

Por Ana Paula Ferreira
29 fev 2024, 14h42

À medida que a conscientização sobre hábitos alimentares saudáveis aumenta, os adoçantes assumem um papel essencial nas escolhas diárias de consumidores em todo o mundo. Isso porque, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os brasileiros consomem em média 18 colheres de chá de açúcar por dia, o equivalente a cerca de 30kg de açúcar por ano, ultrapassando o limite considerado saudável de 12 colheres de chá por dia.

Os números acendem o alerta de que hábitos saudáveis é um tema urgente e vem se tornando prioridade no consumo dos indivíduos. Assim, os adoçantes, sejam naturais ou artificiais, são importantes aliados na busca por opções de baixa caloria, essenciais para aqueles que buscam diminuir o consumo de açúcar.

Porém, diante de tantas variedades no mercado, escolher o adoçante certo pode ser desafiador. Pensando nisso, Márcio de Queiroz Elias, médico parceiro da Hypera Pharma, respondeu algumas perguntas que podem auxiliar nesta decisão, promovendo estilo de vida mais saudável.

Dúvidas comuns sobre adoçante

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Qual a principal diferença entre o açúcar e o adoçante?

O açúcar refinado é obtido principalmente da cana de açúcar. No processo de refinamento, há a remoção dos nutrientes contidos na cana, por isso, ele é rapidamente digerido, o que provoca o aumento dos níveis de glicose. O açúcar mascavo e o orgânico são mais saudáveis do ponto de vista nutricional, por conterem mais nutrientes, pois são menos refinados, mas também provocam oscilações na glicose e favorecem o ganho de peso. Já os adoçantes são edulcorantes, substâncias naturais ou artificiais, responsáveis pelo sabor doce. Possuem poder adoçante geralmente muito maior que o açúcar produzido da cana-de-açúcar.

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Existe algum risco ao consumir adoçantes?

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O consumo dos adoçantes é embasado em estudos de segurança. Eles são exaustivamente investigados quanto à segurança com centenas de estudos científicos e, em seguida, aprovados por diferentes autoridades regulatórias como pelo FDA dos EUA, pelo Comitê Conjunto de Especialistas FAO/OMS em Aditivos Alimentares (JECFA), pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), pela Autoridade Estatutária no Portfólio de Saúde do Governo Australiano (FSANZ) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Brasil, sem restrições ou embargos de uso dos adoçantes usados hoje.

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Como escolher o melhor tipo de adoçante?

Para saber qual o melhor adoçante para cada pessoa, primeiramente é válido conhecer quais são as opções disponíveis no mercado e escolher a que se encaixa melhor no seu estilo de vida, objetivo do uso e paladar, além de valor de desembolso. Também seria muito útil conhecer os seus limites de consumo diário recomendados. Outro ponto importante no momento da escolha do seu adoçante é optar pelo formato que mais lhe agrade, pois existem no Brasil diferentes apresentações, como líquidos e pós, sendo que a versão em pó de algumas marcas podem ser utilizada no preparo de receitas. A sacarina, sucralose, stévia, taumatina, xilitol e eritritol, podem ir ao fogo.

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Quais são as diferenças entre os tipos de adoçantes?

Os edulcorantes podem ser naturais ou artificiais (sintéticos).

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Adoçantes Naturais: são obtidos a partir de vegetais que não passam por reações químicas: xilitol, eritritol, taumatina, estévia, manitol, maltitol. Adoçantes artificiais: são os adoçantes fabricados por meio de reações químicas: acessulfame, aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose, neotame.

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Quais substâncias são mais naturais?

Os adoçantes naturais são extraídos de vegetais e frutas, como:

Xilitol: É extraído de vegetais e frutas, por exemplo milho de fontes não-transgênicas. O produto tem baixo índice-glicêmico, podendo ser usado por diabéticos e tem um sabor refrescante, além de poder ir ao fogo sem sofrer alterações. O poder de dulçor é semelhante ao do açúcar;

Taumatina: Essa proteína é 100% vegetal. Está em uma fruta encontrada na África Ocidental, conhecida como katemphe ou “fruto milagroso do Sudão”. A capacidade adoçante da taumatina é cerca de 3 mil vezes superior à do açúcar. Essa substância não tem um limite de consumo diário;

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Stévia: Vem das folhas da planta Stevia rebaudiana, típica da América do Sul. Ela tem vários compostos doces, como o rebaudiosídeo. A estévia adoça e também traz amargor, proveniente do esteviosídeo;

Sorbitol: Aparece naturalmente em uma variedade de frutas e, apesar de ser um edulcorante, tem a função primordial de garantir textura aos produtos, já que é ótimo para fazer caldas. Por isso, é normal ser combinado a outro tipo de adoçante.

Eritritol: Está em frutas, algas, cogumelos e alguns itens fermentados (como vinho e cerveja). Seu sabor é similar ao do açúcar e tem efeito refrescante. Assim como o sorbitol, em geral é utilizado com outros adoçantes, como aspartame e acessulfame. Após ser absorvido, é eliminado inalterado por meio da urina;

Manitol: é encontrado em vegetais e algas marinhas, tem capacidade de adoçar 70 vezes mais que a sacarose. Não é recomendado a diabéticos.

 

 

Quais substâncias são artificiais?

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Os adoçantes artificiais são aqueles que devem ser produzidos em laboratório, como:

Sacarina: Adoçante de baixa caloria e é muito mais doce que a sacarose, sendo assim um substituto saudável para o açúcar. É utilizado em produtos industrializados e como adoçante de uso geral. Pode ser utilizada também em preparações assadas;

Aspartame: Um adoçante artificial de baixo valor calórico, composto pela junção química das substâncias fenilalanina e ácido aspártico. Ele é capaz de adoçar cerca de 200 vezes mais que o açúcar, tendo apenas 4 calorias por grama. O uso está liberado como adoçante de uso geral, mas não deve ser utilizado para alimentos que necessitem ser assados;

Acessulfame de Potássio (Acessulfame – K): Um aditivo edulcorante artificial que não possui calorias. Graças ao seu sabor muito parecido com a glicose, é amplamente utilizado pelas indústrias como adoçante na sua produção e pode ser utilizado como substituto do açúcar em produtos assados;

Sucralose: É uma substância extraída da cana-de-açúcar e que tem poder adoçante muito superior ao açúcar comum. Como não tem calorias, é bastante utilizada por quem não pode ou não quer adicionar calorias à dieta. Encontrada em diversos alimentos, além de ser um substituto do açúcar para produtos assados;

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Neotame: É em média 8 mil vezes mais doce que o açúcar comum (sacarose) e apresenta baixo sabor residual e seu sabor doce se parece bastante com o do açúcar comum. Pode ser utilizado como substituto do açúcar em produtos assados;

Ciclamato: É usada como adoçante artificial não calórico em diversos alimentos e bebidas, sendo 30 vezes mais doce que a sacarose sem o sabor amargo da sacarina.

Há uma quantidade máxima recomendada ao consumir adoçantes?

As autoridades reguladoras estabelecem uma ingestão diária aceitável (IDA) para muitos adoçantes, que representa a quantidade considerada segura para consumo diário ao longo da vida sem efeitos adversos à saúde. A IDA varia de acordo com o adoçante e o peso corporal do indivíduo. É importante seguir as recomendações de uso e consultar um médico ou nutricionista se tiver preocupações sobre o consumo de adoçantes.

Com a variedade de produtos disponíveis no mercado, a escolha pode soar complexa, entretanto, a decisão final deverá ser tomada com a ajuda de um profissional, considerando as necessidades de cada paciente. Antes de optar por uma marca ou substância, é importante saber suas origens, benefícios e possíveis efeitos colaterais, além de ler o rótulo para checar se tem algum componente que o indivíduo é sensível.

“Quando usados com moderação, os adoçantes podem ser uma alternativa valiosa para pessoas que desejam equilibrar o sabor e manter a baixa ingestão de calorias. Estudem as opções que melhor se encaixam na sua rotina e agradam o paladar, que a transição do açúcar para o adoçante será mais fácil, finaliza.

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