Continua após publicidade

Compulsão alimentar: profissional fala sobre gatilhos e como evitá-los

De acordo da OMS, 4,7% dos brasileiros sofrem com transtornos alimentares, incluindo a compulsão alimentar. Saiba mais!

Por Ana Paula Ferreira
27 jul 2023, 10h30
Endocrinologista aponta como evitar gatilhos comuns da compulsão alimentar
Endocrinologista aponta como evitar gatilhos comuns da compulsão alimentar (Freepik/Divulgação)
Continua após publicidade

Segundo números divulgados recentemente pela Organização Mundial da Saúde, ao menos 4,7% da população brasileira sofre com transtornos alimentares, incluindo a compulsão alimentar.

Caracterizado pelo consumo de uma grande quantidade de alimentos em um curto espaço de tempo, esse distúrbio periódico está muito relacionado a gatilhos emocionais, como estresse e ansiedade, por exemplo.

De acordo com Elaine Dias JK, médica e PhD em endocrinologia pela USP, a exaustão acumulada pelo dia a dia leva as pessoas a procurarem por comidas mais palatáveis, ou seja, aquelas mais gordurosas e açucaradas, vistas como forma de recompensa pelo dia desgastante.

A busca por ajuda especializada para tratar esse quadro, contudo, costuma surgir apenas quando a pessoa se dá conta de que não está feliz com ela mesma, se sentindo mal, cansada, desanimada e já está causando algum problema de saúde, como diabetes, hipertensão, artrose, colesterol elevado e esteatose hepática.

Continua após a publicidade

Práticas que ajudam a evitar a compulsão alimentar

Segundo Eliane, para amenizar os gatilhos da compulsão alimentar gerados na rotina,  certas práticas precisam ser incorporadas à ao dia a dia, independentemente da atividade profissional, de ter alguma patologia ou idade. São elas:

1

Realizar atividades físicas de forma regular: a sensibilidade de neurotransmissores se torna uma aliada para diminuir a vontade de consumir alimentos que não são saudáveis;

Continua após a publicidade

2

Criar um ambiente seguro em casa e no trabalho: no episódio de compulsão, se tiver acesso somente a alimentos leves e saudáveis, automaticamente irá comê-los no lugar de opções prejudiciais à saúde.

3

Dormir de 7 a 9 horas por noite: focar na qualidade do sono;

4

Evitar ir tarde da noite para a cama: o ideal é que o indivíduo durma no máximo até às 23h, isso porque a partir desse horário acontecem várias alterações no ciclo circadiano de vários hormônios, como testosterona, cortisol, GH, a Grelina, a leptina, entre outros que ficam alterados durante o dia, e essas alterações levam ao aumento da fome, irritabilidade, dificultam o ganho de massa magra e músculo, pioram a composição corporal;

Continua após a publicidade

5

Realizar a higiene do sono: criar uma rotina que ajude a preparar o corpo e a mente para o sono, como evitar luzes de aparelhos tecnológicos, estudar ou comer na cama. Dessa forma, o psicológico irá associar o quarto com a hora de dormir, promovendo a qualidade do sono;

6

Ingerir comidas mais saudáveis: alimentação rica em fibras é uma grande aliada. Além da sensação de saciedade, ajuda a diminuir os níveis de açúcar;

7

Inserir a meditação no dia a dia: reduz o estresse e a ansiedade, evitando a compulsão.

Continua após a publicidade

 

A endocrinologista enfatiza que, em relação ao consumo de alimentos, uma dica para saber se eles são ideais ou não é ter em mente a importância do descascar mais e abrir menos.

Assim, o indicado é “ingerir o máximo possível de alimentos não industrializados, que sejam frescos e naturais, evitando opções que são fabricadas e, principalmente, os ultras processados e ricos em gordura trans”.

Continua após a publicidade

“Esses alimentos levam à inflamação do nosso corpo, piorando o hormônio do estresse, que é um dos principais gatilhos da compulsão alimentar”, finaliza.

Publicidade