Se você é como nós, então pensa em manter uma vida longa e o mais saudável possível. No entanto, com essa meta em mente, talvez você deva ficar longe dos cachorro-quentes. Por quê? Bem, um novo estudo indica que eles podem tirar minutos preciosos de vida por conta do efeito que têm no organismo.
A nova pesquisa publicada na revista especializada Nature Food e desenvolvida pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, procurou entender os efeitos de alimentos como os famosos cachorro-quentes tanto no corpo humano quanto no meio ambiente.
Foram analisados mais de 5.800 tipos de alimentos, ranqueados pelo seu efeito na saúde (como risco de doenças cardíacas, câncer, entre outros) e impacto ambiental. O que os pesquisadores descobriram foi que mudar 10% da sua ingestão calórica diária de carne e carnes processadas (que contam com preservativos químicos) por frutas, vegetais, sementes e legumes e alguns tipos de frutos do mar pode potencialmente levar a melhorias na saúde, como ganhar 48 minutos de “vida saudável” por dia.
Fora isso, essa pequena mudança pode diminuir a sua pegada de carbono, ou seja, a sua emissão total de gases nocivos ao ambiente, em até 33%.
E para quem pensa que fazer mudanças permanentes vale a pena, mas que abrir uma exceção vez ou outra também é vantajoso… pode pensar de novo. O mesmo estudo explicou que comer apenas um cachorro-quente pode tirar 36 minutos da sua vida por conta dos efeitos gerados pela carne processada presente na salsicha. Ainda bem que outros lanches não têm esse mesmo efeito. Os famosos sanduíches de pasta de amendoim com geleia, tão queridos nos Estados Unidos, podem adicionar 33 minutos de vida, mesmo sem a especificação do tipo de pão ou dos ingredientes no estudo.
Vamos dar adeus ao cachorro-quente?
Verdade seja dita, estudos como esse sempre são interessantes por trazerem novas análises, mas determinar o tempo de vida de alguém a partir do consumo de apenas um ou outro alimento é ignorar uma série de variantes (como o metabolismo individual) que podem interferir também com esse cálculo.
Apesar disso, existem outros estudos que corroboram a premissa de evitar ao máximo alimentos ultraprocessados, como salsichas e embutidos, por exemplo, por serem considerados cancerígenos em humanos. A Organização Mundial da Saúde, por exemplo, é uma das que assina em baixo desse conceito.
A quantidade de atividades físicas que uma pessoa pratica, seus padrões de sono e até de estresse também precisam ser considerados nessa conta, segundo Keri Gans, autora de The Small Change Diet, conta à revista norte-americana Shape.
“Ao invés de demonizar um único alimento, deveríamos olhar para a frequência com que ele é incluído no contexto da dieta total de uma pessoa”, explica. “Comer um cachorro-quente de vez em quando é muito diferente de comer um cachorro-quente 365 dias por ano”.
Ou seja, mais do que levar as determinações de um estudo a ferro e fogo, é importante parar para analisar o quadro geral da sua vida, seus hábitos de vida e alimentação como todo. Se um cachorro-quente é algo que você gosta muito, não é um problema comê-lo quando sente vontade, desde que você mantenha uma rotina o mais próxima do equilibrado, segundo as suas necessidades. Para isso, aliás, vale sempre consultar um nutricionista para entender o que o seu corpo precisa e como ele processa a dieta que você segue hoje.